300 euros: macas retidas em hospitais passam a ter um preço

Aviso da Liga dos Bombeiros Portugueses. Logo no início do ano uma ambulância ficou retida 12 horas num hospital.

O ano começou com – mais – problemas na saúde. Com Penafiel em destaque por motivos negativos.

Logo no segundo dia do ano, na terça-feira, diversas ambulâncias ficaram retidas no Hospital Padre Américo durante horas. Chegaram a estar 25 ambulâncias ao mesmo tempo.

Houve mesmo uma ambulância que ficou retida 12 horas porque as macas estavam a ser utilizadas pelo hospital.

“Isso não pode acontecer, ficarmos sem a ambulância tanto tempo. Isso coloca-nos muitos problemas nos meios disponíveis para prestarmos socorro à população”, avisou o comandante dos bombeiros de Marco de Canaveses, Sérgio Silva.

A partir da próxima quarta-feira, a retenção de macas passará a ter um preço extra.

António Nunes, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, explicou na rádio Renascença: “Para além da primeira hora, que está incluída no transporte do doente urgente, as horas seguintes serão cobradas com uma taxa suplementar”.

Com números: “As primeiras duas horas para além da hora inicial serão taxadas a 50 euros, o segundo bloco, de duas horas, a 100 euros, o terceiro bloco de duas horas a 150. Ou seja, se fizerem uma retenção de uma ambulância durante sete horas à porta do hospital, vamos apresentar o ressarcimento para as nossas despesas em 300 euros“.

Os hospitais, continuou o responsável pelos bombeiros, é que são responsáveis por “ter macas, cadeiras de rodas ou camas para colocar os doentes que os bombeiros transportam por orientação do INEM para determinada urgência hospitalar.”.

“Não é razoável que se deixe durante 16 horas uma ambulância que pode fazer falta ou está a fazer falta para acudir às populações locais”, argumentou António Nunes.

Estes valores só serão travados se, na próxima terça-feira, houver acordo para uma alternativa, na reunião entre bombeiros e Serviço Nacional de Saúde.

ZAP //

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