Costa Silva diz que taxa sobre lucros excessivos só será adotada em último caso

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José Sena Goulão / Lusa

António Costa Silva

O ministro da Economia, António Costa Silva, admite a possibilidade de o Governo avançar com um imposto sobre as empresas que registaram lucros “aleatórios e inesperados” devido à atual crise energética. Mas só em último caso.

Segundo o Observador, a aplicação de uma taxa sobre os lucros extraordinários das empresas em tempos de crise energética não está prevista para já e só será adotada em último caso. A garantia foi dada pelo novo ministro da Economia, António Costa Silva, na apresentação das medidas do Governo.

A possibilidade de vir a ser criado um imposto sobre lucros inesperados e aleatórios — chamados de windfall taxes (impostos caídos do céu) — surgiu numa resposta a uma pergunta durante o debate sobre o programa do Governo e tem sido proposta pelo Bloco de Esquerda, mais direcionado para o setor da eletricidade.

Rui Rio, líder do PSD, também manifestou abertura para esta solução e Costa Silva referiu que esta é uma das ferramentas proposta pela Comissão Europeia no quadro das respostas e medidas políticas para fazer face aos efeitos da forte valorização dos preços da energia.

De acordo com o governante, se forem identificadas situações muito específicas em que as empresas, para além dos lucros normais, apresentem lucros que passem de 20% para 80% “podemos falar com essas empresas sempre concertados para elas participarem no esforço de ajuda à economia numa situação extremamente difícil”.

Nós temos essa medida como uma solução última, caso venha a ser necessária”, salientou Costa Silva, avisando que pode haver uma deterioração negativa das condições económicas e que o Estado não tem recursos infinitos.

“Se a situação se verificar, vamos considerá-la”, frisou, salientando que, para já, será uma “solução que só adaptaremos em último caso”.

ZAP //

3 Comments

  1. O dr. Marques Mendes deixou recado ao governo no seu último comentário dizendo que era insensato cobrar mais valias às grandes empresas. E o governo ouviu-o bem vindo, por isso, agora, o nosso ministro poeta, com todo este seu lirismo, justificar a decisão do governo de continuar “a gozar com quem trabalha”, falando em espiral inflacionista caso se aumentassem os salários.
    As maiores empresas podem continuar sediadas em paraísos fiscais, deixando lá uma fatia grande dos seus lucros, mas ninguém tem nada a ver com isso. Continuem os trabalhadores a pagarem impostos para lhe garantirem cá as infra- estruturas de que elas necessitam e está tudo bem!

  2. Vai contra o mercado ! uma forma de cortar as pernas as pequenas empresas o poder crescer ,pois as grandes pagam os impostos na holanda ! e se forem prejuizos inesperados ! tem alguma forma de ajuda ! cheira a opurtunismo de esquerda

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