
Novo “ovo amigo” é viciado em vape: se paras de fumar, ele morre.
Antes destes telemóveis todos, as crianças (dos anos 90) tinham um Tamagotchi, aquele “ovo amigo” digital que tinham de alimentar, limpar e com quem tinham de brincar, tal e qual um animal de estimação digital.

O clássico Tamagotchi
Agora, nasceu uma versão mais adulta: um que precisa que o seu dono continue a “puxar” do cigarro eletrónico.
O dispositivo desenvolvido por dois antigos engenheiros (um deles, ex-funcionário da meta) foi uma das invenções mais bizarras e comentadas na NYU Stupid Hackathon, um evento de 12 horas em que os participantes criam engenhocas propositadamente ridículas.
Entre mesas que abanam 24 horas por dia e impressoras que imprimem contratos legais para “promessas de mindinho”, foi o Tamagotchi “vape or die” que roubou as atenções: só sobrevive se o dono continuar a fumar.
A dupla desenvolveu inicialmente o aparelho com um propósito nada ridículo: ajudar uma das engenheiras responsáveis pela engenhoca a deixar de fumar, mas “é mais divertido e mais estúpido se usarmos este poder e o aproveitarmos para o mal e nos tornarmos mais viciados”, brincou a criadora (e fumadora) Rebecca Xun, à conversa com o Washington Square News.
Ao contrário do clássico Tamagotchi, que requer uma série de cuidados de rotina, como alimentação e cuidados pessoais, esta versão vive apenas para uma coisa — fumo de cigarro eletrónico. Se o dono deixar de inalar o fumo com sabores, o animal de estimação digital fica chateado, com lágrimas animadas a escorrer dos seus olhos.
O protótipo inicial envolvia a ligação de um vape a um computador com o software Tamagotchi. As iterações subsequentes tornaram-se mais compactas, culminando numa unidade autónoma que se assemelha a um vape cor-de-rosa com um pequeno ecrã e cablagem visível — semelhante a um bloco de C4 dos desenhos animados.
Numa entrevista ao Futurism, Xun admitiu que tanto ela como o outro engenheiro envolvido tiveram problemas de saúde devido aos testes frequentes. “Por termos testado tanto, ficámos ambos doentes por causa do vaping”.