Talibãs proíbem mulheres afegãs de frequentarem o ensino superior

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Os Talibãs proibiram todas as mulheres de frequentarem a universidade no Afeganistão, mais uma medida que retrata a repressão vivida no país desde que o regime voltou ao poder, em agosto de 2021

Segundo avançou na terça-feira a CNN, a decisão foi confirmada por um porta-voz do Ministério do Ensino Superior do país. As meninas afegãs também já tinham sido proibidas de voltar ao ensino secundário em março deste ano.

“Os talibãs evidenciam todos os dias que não respeitam os direitos fundamentais dos afegãos, especialmente das mulheres”, indicou o Human Rights Watch, classificando a decisão como “vergonhosa”.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, referiu que a decisão do regime é “indefensável” e que “implicará consequências significativas para os talibãs, alienando-os ainda mais da comunidade internacional e impedindo que alcancem a legitimidade que desejam”.

“Com a implementação deste decreto, metade da população afegã em breve não terá acesso a educação além da escola primária”, disse ainda Ned Price.

“Os talibãs não podem esperar ser membros legítimos da comunidade internacional até que provem respeitar os direitos de todos os afegãos, especialmente das mulheres e das meninas”, comentou o embaixador norte-americano e representante para assuntos políticos especiais dos Estados Unidos (EUA), Robert Wood, durante uma conferência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

No passado, os Talibãs forçavam as mulheres e meninas a casarem-se. Desde que voltaram ao poder, estas perderam o direito de trabalhar na maioria dos setores; de fazerem viagens de longa distância sem um tutor do sexo masculino; e foram obrigadas a cobrir o rosto em público. Em novembro, foram também impedidas de entrar em parques de diversões em Cabul.

ZAP //

1 Comment

  1. Pois então, para cozinhar, amamentar ou passar a ferro não é preciso ter um curso superior (acho eu e os talibãs, pelos vistos, também). Não é para isso (e pouco mais) que os talibãs querem as mulheres?

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