Super Mamardashvili trava ímpeto checo

Abedin Taherkenareh / EPA

TOP! Não fosse um (quase) intransponível Mamardashvili e a Chéquia poderia ter saído de Hamburgo com o saco cheio de golos e com os três pontos no bolso. m

Mas o gigante guarda-redes do Valência rubricou uma exibição memorável – a melhor deste EURO até ao momento –, contabilizou 11 defesas, evitando no cômputo geral 3,2 golos (defesas – xSaves) e apenas foi batido pela “ratice” de Patrik Schick. No último lance do encontro, e contra todas as expectativas, Saba Lobzhanidze poderia ter vestido a capa de herói, mas fez o mais difícil…

O fabuloso destino de Giorgi

O futebol é irónico. A Chéquia mandou no encontro, dispôs das melhores ocasiões, viu Mamardashvili brilhar com sete defesas, mas não conseguiu colocar-se na linha da frente do marcador. Os georgianos aguentaram o sufoco e foram letais. Hranac jogou a bola com a mão na área e, da marca dos 11 metros, Mikautadze não perdoou e deixou a Geórgia a vencer.

No reatamento, e ao cabo do 17.º remate, Schick anulou a desvantagem e deixou o duelo ao rubro. O assalto à baliza contrária ganhou nova tracção por parte da equipa de Ivan Hašek, mas o fabuloso o guardião Giorgi foi evitando a festa checa. No último suspiro, Lobjanidze, sem marcação, poderia ter ditado um golpe de teatro, mas atirou por cima do alvo. Foi o primeiro ponto somando pelas duas selecções que, desta forma, acalentam esperanças numa possível presença nos oitavos-de-final.

O Jogo em 5 Factos

Mais acutilantes – Nos primeiros 15 minutos, os checos já tinham mais remates – oito (quatro enquadrados) – do que aqueles que tiveram no encontro de estreia frente a Portugal (cinco tentativas, sendo que o único “tiro” no alvo foi o golaço de Lukáš Provod). No final da primeira metade contabilizavam 13 disparos (oito enquadrados).

Muralha georgiana – O gigante Giorgi Mamardashvili foi segurando as ofensivas contrárias e, aos 30 minuitos, já tinha batido o recorde de defesas dentro da área com seis intervenções. Com isso, obteve a nota mais alta dada pelo nosso “site” ao descanso, com um rating de 9.0. Concluiu a primeira parte com oito defesas, igualando o máximo que Gianluigi Donnarumma atingiu diante da Espanha.

Eficácia – O primeiro remate georgiano ocorreu aos 34 minutos, por intermédio de Kakabadze. Nessa altura, a Chéquia já tinha no “stock” 12 tentativas. O “tiro” letal de Mikautadze foi o primeiro enquadrado e ocorreu no período de descontos.

David Jurásek – Titular, esteve escondido na parte inicial e ganhou outro embalo no período final. Saiu aos 81 minutos com dois remates, dois centros (sem acerto), um passe falhado em oito (eficácia de 88%), 19 acções com a bola, uma das quais na área contrária, venceu dois duelos, perdeu outros dois, acertou um dos três dribles que fez, acumulou duas recuperações de bola, sete perdas da posse e uma acção defensiva. O jogador dos quadros do Benfica obteve um rating de 5.9.

“Très” Schick – Tarde agridoce para o dianteiro. Foi o único a conseguir bater a muralha georgiano e, com esse golo, tornou-se no maior goleado checo, com seis tentos na fase final de Europeus, ultrapassando a lenda local Milan Baroš. Além disso, tornou-se no jogador com mais remates nesta edição do Campeonato da Europa (7, 4 enquadrados). Foi traído por uma lesão e saiu aos 68 minutos.

Melhor em Campo

Superlativo. Giorgi Mamardashvili rubricou uma exibição memorável e bateu uma série de recordes na tarde deste sábado. Acabou o duelo com 11 defesas (recorde na prova), evitando 3,2 golos dos checos, contabilizou ainda cinco saídas pelo ar eficazes, 19 acções defensivas (outro máximo) e rebentou a escala obtendo um GoalPoint Rating de 10.0 – nota mais elevada atribuída até ao momento na prova.

Resumo

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