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A subida do nível do mar no Bangladesh está a empurrar mulheres para a prostituição

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A subida do nível do mar no Bangladesh está a ter repercussões dramáticas na vida de muitas mulheres que têm como única opção a prostituição.

De acordo com a Sky News, a emergência climática no país está a ter graves consequências sócio-económicas e as mulheres são a classe mais afetada. O jornal britânico indica que muitas se vêm obrigadas a prostituir-se num bordel na costa sudoeste conhecido como Banishanta.

Entre muitos casos, o diário britânico destaca a situação de Pervin: uma jovem que começou a trabalhar no bordel, depois de a sua família ter ficado com a casa destruída em consequência da subida do mar, erosão e sucessivos ciclones.

Com apenas 15 anos, e ao perceber que a família precisava de ajuda monetária, Pervin decidiu pôr mãos à obra e ir trabalhar. Foi contactada por uma mulher que lhe prometeu emprego numa fábrica de têxteis, mas acabou por ir parar ao bordel onde agora presta serviços sexuais a troco de dinheiro.

Em declarações à Sky News diz que se deixou enganar pela ingenuidade: “Não sabia o que fazer. Ela abandonou-me”, contou.

Banishanta é um dos bordéis mais antigos de Bangladesh, atraindo clientes do porto próximo de Mongla. Mesmo sendo legal no país, o trabalho sexual é extremamente estigmatizado na cultura tradicional e as mulheres que o praticam são descriminadas.

Pervin é apenas um dos muitos casos – estima-se que sejam cerca de 100 mulheres – a passar por esta situação. As histórias, geralmente, têm como ponto de partida a vulnerabilidade provocada pelas mudanças climáticas.

Normalmente, as mulheres que vão parar ao bordel acabam por ser vendidas e ficam prisioneiras. Há ainda mulheres mais velhas que vivem há anos no local e não têm para onde ir, acabando por se sujeitar a todo o tipo de tratamentos indignos.

A pequena faixa de terra onde Banishanta foi construído também está a desaparecer, por isso, o aumento do nível do mar está a destruir as margens do bordel, sendo que quando as casas são inundadas, as mulheres que lá trabalham são forçadas a gastar o dinheiro que ganham na manutenção do local.

ZAP //

5 Comments

      • Moda, não. Grupo LGBT, não. COMUNIDADE LGBT.

        Informe-se, José.

        E há que respeitar as mulheres, são maravilhosas, mais capazes do que os homens em certos aspetos! Com licença, Zé.

  1. Vamos ver como está o mundo, e em vez de de pensar pequeno, temos que analisar o que fazemos a uma criança desde que nasce até que se torne adulta, o que lhe ensinamos, a vida dá muitas voltas, e se só sabemos uma valência, e se só temos o nosso corpo, o que vamos fazer da vida, o que nós vimos acontecer em Portugal com a pandemia, foi que quem tinha algumas propriedades da família e competência, pode mudar de vida teve esperança, quem precisa e não tem nada passa mal, mas por outro lado em Portugal estão a queimar os cartuchos todos com uma avidez de loucos, estão a tornar as pessoas muito pobres, as aldeias eram sítios onde não havia fome, mas hoje não é assim, as políticas de expropriação, leis descabidas, incêndios estranhos, e muitas outras manobras gananciosas, estão a tornar as pessoas muito pobres, também empurrar muita gente jovem para a área do turismo, sem equilibrar aquilo que o país precisa, que no meu ponto de vista precisa de gente capaz para produzir bens, saber artes de executar trabalhos, e assim não termos pela força de ficar tão pobres, ao ponto de só ter o corpo.

  2. Será que agora que se fala tanto da bazuca vão pôr mãos à obra? e vão dar o melhor que Portugal precisa que é ensinar o seu maior tesouro que são os jovens a ser úteis e independentes? ou vão continuar a ter jovens a duas velocidades, em Portugal há muito trabalho, há muita gente a querer pagar a quem saiba trabalhar, há muita gente no fundo de desemprego, há muita gente no rendimento mínimo, então o que está a faltar? na minha opinião temos uma educação deficiente, cheia de vícios onde não é exigido metas, vamos deixar os nossos jovens sem nada? a continuar a ser mais pobres do que já eram?

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