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Startup de Leiria que conquistou Hollywood prepara novo som 3D que pode mudar tudo

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Startup de Leiria Sound Particles desenvolve novo som 3D

A Sound Particles, startup de Leiria cujo software foi usado em filmes como “Avatar 2”, “Indiana Jones” ou “Dune”, está a preparar um novo som 3D que pode revolucionar a indústria e “mudar drasticamente” a vida da própria empresa.

A empresa portuguesa actua na área do software de áudio, e a sua tecnologia foi utilizada em filmes como “Avatar 2” e “Indiana Jones”, ou “Dune” que ganhou o Óscar de Melhor Som em 2022.

Depois de ter conquistado Hollywood com “meia dúzia de emails”, a Sound Particles está, agora, a desenvolver o protótipo de uma tecnologia inovadora de som 3D para headphones.

Este novo software vai poder concorrer directamente com a Apple ou a Dolby, apresentando “resultados superiores”, garante o fundador e presidente executivo da startup, Nuno Fonseca, em declarações ao Jornal de Negócios. E terá a vantagem de poder funcionar com qualquer modelo de auriculares, como nota o CEO.

A Sound Particles quer apresentar um protótipo da tecnologia até ao final de 2023, para depois procurar financiamento para a conseguir desenvolver. Nuno Fonseca aponta para a necessidade de capital da ordem dos cinco a seis milhões de euros.

Esta busca de capital será essencial para passar “para o próximo nível, especialmente para a parte de comercialização”, de modo a poder “agarrar esta tecnologia” e conseguir “tirar o máximo potencial” dela, explica ainda o CEO ao Negócios.

Alternativa que a indústria tanto procura

“O grande problema” do som 3D actual é que “a maioria das pessoas não tem 12 colunas na sala para desfrutar da experiência completa e não existem grandes soluções no mercado com headphones”, nota também Nuno Fonseca.

Por isso mesmo, “toda a indústria de entretenimento está um pouco desesperada a tentar arranjar uma” alternativa, acrescenta o CEO – e a Sound Particles quer criar, precisamente, essa solução.

Nesta fase, a startup está a “limar arestas especialmente do ponto de vista da escalabilidade” da nova tecnologia, esclarece também Nuno Fonseca, revelando que já foi feito um investimento de 1,5 milhões de euros no projecto.

Vida da startup pode “mudar drasticamente”

Os objectivos da Sound Particles são ambiciosos e se tudo correr como planeado, a vida da própria startup pode “mudar drasticamente”, diz Nuno Fonseca ao Negócios.

“Tanto podemos licenciar, por exemplo, a plataformas de ‘streaming’, seja de televisão, como Netflix ou Disney Plus ou de música, como o Spotify, a empresas de videojogos, mas também a quem desenvolve plataformas ou sistemas operativos, como a Microsoft, Apple, Google ou PlayStation, ou até disponibilizá-la para quem faz hardware, seja para telemóveis da Huawei ou da Sony ou para computadores da Dell ou da HP“, explica o CEO.

Portanto, a nova tecnologia tem um “potencial gigantesco” e pode tornar-se na nova “estrela da companhia”, assume Nuno Fonseca, apontando que “um contrato de licenciamento destes pode significar automaticamente alguns milhões de euros por ano”.

ZAP //

2 Comments

  1. Mais uma startup que dificilmente se vai manter portuguesa, porque o dinheiro falará mais alto e esta será comprada por uma grande empresa por alguns milhões. Era de louvar se o CEO soubesse manter a firmeza de manter algo “Made in Portugal”, para assim atrair mais atenções de grande empresas para investir no nosso país… Quem sabe se o Ronaldo não quer investir na empresa e assim garantir uma empresa portuguesa de renome em todo mundo…

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