Há uma startup portuguesa a transformar cinzas de animais em diamantes. O produto é feito em laboratório com as cinzas do animal falecido e é uma forma de manter uma recordação do animal de estimação.
A CRE-MAR nasceu há um ano, fundada por Vítor Oliveira e Afonso Rebelo, e inicialmente oferecia o mesmo serviço apenas para pessoas. Entretanto, desde novembro do ano passado, a startup tem-no feito também para animais.
Foi então criada a CRE-MAR Pet, que até venceu o prémio Road2WebSummit na última edição da Web Summit.
As nossas relações com os nossos animais de estimação podem ser tão significativas como as que partilhamos uns com os outros. Perdê-los não é menos doloroso.
Muitos donos sabem que as ligações com os animais podem estar no mesmo nível emocional que as partilhadas com humanos – e a investigação científica corrobora isto.
O fundador da empresa, Vítor Oliveira, explica ao jornal Público que o serviço pode ser prestado com as cinzas de qualquer animal de estimação. No entanto, pode ser um pouco demorado. O diamante “nunca está pronto antes dos oito meses e pode-se estender até aos 16”.
Os preços, que começam nos 1.900 euros e podem ir até aos 19.500, variam, tal como o tamanho do diamante, consoante o peso do animal, explica o jornal.
A CRE-MAR Pet tem cinco tipos de cores de diamante: âmbar, vermelho, azul, negro e transparente. O cliente não pode escolher a cor que quer. O processo vai ditar qual será a cor da pedra preciosa, já que depende da componente química de cada corpo.
O conceito não é novidade no estrangeiro. A startup norte-americana Eterneva, por exemplo, transforma as cinzas ou cabelo da pessoa num diamante, que pode ser usado num anel ou num colar. Animais de estimação também podem ser imortalizados num diamante, usando o mesmo processo.
Embora possa parecer algo bizarro para muitos, a verdade é que a empresa tem tido relativo sucesso nos Estados Unidos. A Eterneva começou a ganhar popularidade quando foi ao programa televisivo “Shark Tank”, onde empresas procuram o investimento de magnatas em troca de uma percentagem do negócio.
Foi lá que a Eterneva conseguiu fechar negócio com Mark Cuban, empreendedor e dono da equipa de basquetebol Dallas Mavericks, com uma fortuna avaliada em 4,4 mil milhões de dólares pela revista Forbes.
Desde então, a empresa teve um crescimento de três dígitos nas vendas, sendo que, em 2020, mais do que dobrou as suas receitas. Esta semana, a startup conseguiu reunir 10 milhões de dólares numa ronda de financiamento, escreve a TechCrunch.
