Leão dá prova de vida e vence pantera

JOSE SENA GOULAO/LUSA

Vitória do Sporting frente ao Boavista por 3-2, a primeira de João Pereira na Liga, depois de quatro derrotas consecutivas em todas as competições.

Após dominar completamente a primeira parte e abrir o activo por Gyökeres, os “leões” não concretizaram as ocasiões flagrantes de que dispuseram e acabaram por permitir o empate de Boženík antes do intervalo.

Na segunda metade, Francisco Trincão brilhou com dois golos, um deles após uma jogada impressionante com Maxi Araújo, mas o Sporting ainda consentiu o empate, antes de resolver a questão. Apesar da pressão final do Boavista e de momentos de tensão em Alvalade, os “leões” seguraram a vitória, mantendo a liderança da Liga por, pelo menos, mais cinco dias.

“Pantera” recuada adormece defesa leonina

A primeira parte foi marcada pelo domínio leonino, com os da casa completamente projectados no meio-campo dos “axadrezados”, com uma posse agressiva e boas dinâmicas ofensivas, destacando-se os cinco passes progressivos de Debast, a mobilidade de Quenda em zonas interiores e o envolvimento de João Simões pela meia-esquerda numa primeira fase e pela meia-direita numa segunda, a encaixar como sexto elemento da frente de ataque.

Esse controlo resultou no golo inaugural aos 23 minutos, com Gyökeres a aproveitar um erro de Pedro Gomes. No entanto, contra a corrente do jogo, o Boavista conseguiu o empate aos 43 minutos, quando Salvador Agra cruzou com precisão após liberdade excessiva concedida pelo amarelado Matheus Reis, permitindo a Boženík cabecear completamente sozinho na área, na única acção dos “axadrezados” na área do Sporting na etapa inicial.

Apesar da superioridade com 43 acções na área adversária, 77% de posse de bola e quatro ocasiões flagrantes, a equipa de Alvalade voltou a mostrar fragilidades defensivas, recolhendo às cabines com tudo empatado.

A segunda parte começou com a equipa “leonina” a impor novamente um ritmo elevado, pressionando um Boavista recuado e focado em defender a sua área.

A insistência deu finalmente frutos quando Francisco Trincão, numa combinação brilhante com Maxi Araújo, recolocou a turma de Alvalade em vantagem. João Pereira, muito interventivo, manteve a equipa alerta, mas o padrão repetiu-se: na sequência de um livre marcado por Seba Pérez, Bruno Onyemaechi, sem marcação, empatou com um remate forte que deixou Franco Israel mal na fotografia.

Este novo empate acentuou a tensão no estádio, mas o Sporting reagiu bem, com Gyökeres a ser decisivo ao criar a jogada que permitiu a Trincão bisar e fazer o 3-2 aos 66 minutos.

Apesar da nova vantagem, o Boavista voltou a pressionar, criando momentos de grande sofrimento para os “leões”. Com entradas estratégicas de Diomande e Henrique Arreiol, João Pereira tentou gerir a pressão, mas o resultado ficou em aberto até ao apito final. O Sporting regressou assim às vitórias após quatro desaires.

Melhor em campo

Dois golos a quebrarem o ciclo negativo do Sporting. Um grande jogo do extremo Trincão, a materializar em golos e oportunidades o caudal ofensivo do Sporting.

Foi bastante solicitado pelos colegas, tendo recebido 16 passes progressivos (menos um que Maxi), fruto do seu requintado jogo entrelinhas, permitindo ao Sporting tentar quebrar a defesa “axadrezada” de forma atractiva.

Combinou bastante com Geny sobre a direita, mas foi na procura de terrenos mais interiores que chegou aos dois golos, com duas finalizações plenas de oportunismo no coração da área. A par de Maxi foi o jogador dos “leões” com mais passes para finalização (quatro), um deles para uma ocasião flagrante.

Resumo

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