FINITO! O Sporting despediu-se das lides europeias e não vai carimbar o acesso às meias-finais da edição desta temporada da Liga Europa.
Depois do desaire em Turim, os “verdes-e-brancos” voltaram a superiorizar-se ao conjunto transalpino, principalmente na primeira parte e na recta final da segunda metade, mas pecaram novamente no momento da finalização, acabando por sucumbir ao pragmatismo dos “bianconeri”.
Rabiot abriu a contagem e Marcus Edwards apontou o tento sportinguista.
Alvalade ao rubro, como há muito não se via, e o espectáculo dentro das quatro linhas correspondeu às expectativas, com um guião semelhante ao que conduziu o desafio da primeira mão em Turim, desta feita com mais golos.
A Juve abriu a contagem no primeiro remate enquadrado da noite, aproveitando uma má leitura dos defensores leoninos na sequência de um canto, finalizado por Rabiot.
Os “leões” ainda tentavam descobrir a fórmula certa para anular o opositor, que vestia uma pele táctica camaleónica, oscilando entre o 1x4x3x3 (inesperado) e o 1x3x5x2 (no processo defensivo).
Ao minuto 18, Edwards fintou Alex Sandro, entrou na área, centrou, Trincão atirou ao poste e, na sequência do lance, Rabiot derrubou Ugarte. Grande penalidade assinalada, que Edwards concretizou de feição, empatou o “placard” e deixou a eliminatória ao rubro.
O Sporting assumiu as rédeas do encontro, impôs um ritmo alto, subiu o bloco, asfixiou a Juve com um futebol dinâmico, agressivo e envolvente e foi em busca do segundo tento para empatar a eliminatória.
As tentativas foram-se sucedendo, por intermédio de Ugarte (25’), Diomande (35’) e de Nuno Santos (45’), porém, os transalpinos foram conseguindo aguentar a pressão até ao intervalo.
De volta após castigo, Ugarte encheu o campo e foi o melhor elemento na primeira metade, destacando-se com um remate, apenas dois passes falhados em 30 tentados (eficácia de 93%), 41 acções com a bola, cinco recuperações de posse, cinco acções defensivas e um GoalPoint Rating de 6.0.
A Juventus esteve na mó de cima no recomeço, quando começou a dominar os duelos e a ter superioridade na zona do meio-campo, e neste período rondou o 1-2 com duas excelentes ocasiões, ambas desperdiçadas por Vlahovic.
O Sporting tardou em conseguir dar a volta à situação, mas voltou a crescer e, no tudo ou nada, voltou a ser traído pela falta de acerto na hora H, e foram três momentos claros que deixaram o palco de Alvalade com os nervos em franja.
Aos 75 minutos, Esgaio atirou por cima, aos 87, Coates – já a vestir a capa de ponta-de-lança – não fez melhor e falhou quando tinha tudo para empatar a eliminatória.
No último assomo, Arthur Gomes fez a assistência, o capitão leonina desviou, mas Alex Sandro surgiu no momento certo para estragar a festa dos comandados de Rúben Amorim.
Nas meias-finais, a Juve vai defrontar o Sevilha, carrasco do Manchester United.
Melhor em Campo
Continua a jogar com enorme classe e categoria. Alex Sandro teve dificuldades iniciais em travar o virtuosismo de Edwards, mas com a passagem dos minutos foi acertando nas marcações e acabou por ser o salvador dos de Turim, com um corte salvador no último lance perigoso do encontro.
O canhoto foi o MVP graças a uma assistência para o golo de Rabiot, seis passes progressivos, cinco acções com a bola dentro da área do Sporting, levou a melhor nos três duelos aéreos defensivos em que interveio e carimbou um total de 16 acções defensivas.
A nota não foi ainda mais elevada devido às 12 vezes em que perdeu a posse e aos quatro dribles que concedeu. O defensor canarinho teve um GoalPoint Rating de 7.4.
Resumo
// GoalPoint