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Sporting 0-2 Benfica | Águia vence dérbi e foge na frente

O Benfica foi o grande vencedor do dérbi lisboeta. Na visita ao Sporting, os “encarnados” marcaram dois golos sem resposta, ambos na segunda parte, por Rafa Silva, entrado no decorrer da segunda parte, após ter feito apenas alguns minutos no jogo da Taça de Portugal com o Rio Ave – depois de uma longa ausência por lesão.

Num jogo que terminou com números equilibrados, os benfiquistas acabaram por ser mais eficazes na finalização, fazendo dois golos em quatro remates enquadrados, tantos quando o Sporting havia somado.

Com este resultado, o Benfica aumentou para sete os pontos de vantagem sobre o Porto, que perdeu em casa com o Braga, registou a 33ª vitória em casa do “leão” (mais uma que o próprio Sporting) e impôs o quarto desaire leonino em casa esta temporada na Liga NOS.

O jogo explicado em números

  • Entrada forte do Benfica, com duas boas oportunidades nos dois primeiros minutos. Mas foi aos 13 que surgiu a melhor ocasião da fase inicial, com Rafael Camacho a fugir a Ferro e a rematar com estrondo ao poste da baliza benfiquista.
  • Os “encarnados” apresentaram-se mais consistentes no primeiro quarto-de-hora, com 54% de posse de bola e três remates, um enquadrado – por Pizzi para boa defesa de Luís Maximiano -, contra dois disparos sem a melhor direcção dos “leões”. Muito bem as duas equipas no passe, com 88% de eficácia para os da casa e 86% para os visitantes.
  • O jogo chegou repartido à meia-hora, com ligeiro ascendente benfiquista (52%), mas com as duas equipas a construírem lances de perigo junto das duas grandes áreas. Estava um jogo competitivo e de muita luta, com 11 faltas nesta fase e superioridade da “águia” nos duelos individuais, com 18 ganhos contra oito dos anfitriões.
  • Franco Cervi liderava os ratings nesta fase, com 5.8, com um passe para finalização, um drible eficaz, um desarme e três recuperações de posse. O melhor “leão” era Bruno Fernandes, com 5.6, já com uma ocasião flagrante criada.
  • Até final do primeiro tempo, o destaque maior voltou a recair em Rafael Camacho que, na grande área benfiquista, cabeceou com tudo para facturar, mas o guarda-redes Odysseas Vlachodimos manteve o nulo, que se arrastou até ao intervalo.
  • E o guardião benfiquista era mesmo a grande figura da partida no descanso.
  • O GoalPoint Rating de 6.0 de Vlachodimos reflectia duas defesas, uma delas de grande dificuldade, e quatro lançamentos longos eficazes, assumindo-se assim como um importante elemento no primeiro momento de construção benfiquista.
  • O melhor sportinguista era Tiago Ilori, com um rating de 5.9, com duas intercepções, dois bloqueios de remate e, lá na frente, uma ocasião flagrante criada.
  • A segunda parte não trouxe melhorias na qualidade do futebol apresentado pelas duas equipas, com muita luta, alguns lances de perigo, mas guarda-redes com um reinício de partida mais tranquilo. Mas a verdade é que a tendência do jogo já se havia alterado um pouco.
  • Por volta dos 65 minutos, o Sporting tinha mais bola (60%) e os três únicos remates deste o intervalo, dois deles enquadrados, com o Benfica a não conseguir sair em transições em bloco, e com Carlos Vinícius muito só e sem apoio na frente.
  • Por volta dos 75 minutos, o Benfica não tinha mais do que uma acção com bola na área leonina desde o descanso, um sintoma das dificuldades “encarnadas” em chegar a zonas de perigo. O Sporting colocava muito a bola nos corredores (cerca de 40% de ataques por cada um dos lados), retirando aos visitantes a possibilidade de recuperar a bola no “miolo” e lançar transições.
  • Até que aos 80 minutos, surgiu o golo do Benfica. Jogada de insistência e muito confusa, a bola sobrou para o recém-entrado Rafa Silva que, perante Maximiano, atirou a contar. Ao segundo remate benfiquista na segunda parte, o golo da “águia”.
  • E já bem dentro dos descontos, os campeões nacionais fizeram o segundo, mais uma vez por Rafa, que regressou assim de um longo período de afastamento de lesão para brilhar, com um bis, através de um disparo colocado, após receber um passe do recém-entrado Seferovic. No final, a eficácia benfiquista no momento de finalizar acabou por ter um peso grande.

Manuel de Almeida / Lusa

O melhor em campo GoalPoint

Rafa Silva decidiu o dérbi. Ausente vários meses por lesão, o extremo luso jogou apenas 22 minutos, mas o suficiente para virar por completo o jogo a favor do Benfica, uma vez que as “águias” estavam a ter muitas dificuldades para criar perigo no segundo tempo. Porém, tentos aos 80 e aos 90+9 minutos deram os três pontos aos visitantes. Rafa registou um GoalPoint Rating de 7.6, com um bis nos dois únicos remates que realizou, um drible eficaz no último terço e sete passes certos em oito.

Jogadores em foco

  • Vlachodimos 7.0 – Rafa pode ter decidido, mas o guarda-redes grego segurou o nulo para que o seu colega pudesse brilhar mais tarde. Com quatro defesas, três a remates na sua grande área, Odysseas esteve muito seguro e foi o primeiro a construir, com cinco lançamentos longos certos.
  • Tiago Ilori 6.6 – As preocupações com a ausência de Coates cedo ficaram dissipadas, pois Ilori entrou bem no jogo e esteve muito seguro, sendo o melhor dos “leões”. O central luso criou uma ocasião flagrante de golo e somou 11 acções defensivas, entre elas três intercepções e outros tantos bloqueios de remate.
  • Gabriel 6.2 – O brasileiro jogou numa posição um pouco mais adiantada no terreno, a médio-centro, à frente de Weigl, para pressionar em zonas adiantadas do terreno. E esteve muito bem, com três dribles eficazes em quatro, seis recuperações de posse, dois desarmes e três bloqueios de passe. E foi o mais castigado, com sete faltas sofridas.
  • Bruno Fernandes 6.2 – O médio leonino não esteve tão bem como em outros jogos, mas voltou a ter uma prestação positiva, com uma ocasião flagrante criada em três passes para finalização, dois dribles eficazes em três tentativas e cinco faltas sofridas.
  • Julian Weigl 5.9 – Jogo discreto do alemão, que em termos defensivos não foi além de três desarmes e seis recuperações, este último valor devido ao seu excelente posicionamento. Esteve muito bem no passe, com 34 completos em 38.
  • Rafael Camacho 5.4 – O extremo foi um dos jogadores mais inconformados do Sporting, talvez por isso não tenha decidido tão bem quanto podia. Fez dois remates, um ao poste, e completou as cinco tentativas de drible, quatro delas no último terço, mas desperdiçou duas ocasiões flagrantes de golo.

Resumo

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