A Escócia adotou uma nova estratégia para reduzir a propagação da covid-19 nas salas de aula: “cortar” o fundo das portas para melhorar a ventilação.
Cerca de 2.000 portas nas escolas e infantários escoceses têm uma “ventilação problemática“, disse Shirley-Anne Somerville, secretária da Educação, aos membros do Parlamento.
Segundo a Newsweek, o Governo reservou cerca de 356 mil euros para medidas destinadas a melhorar a ventilação nas salas de aula. A carta dirigida ao Comité de Educação do Parlamento Escocês inclui a instalação de filtros de ar, ventiladores mecânicos e o corte das portas.
“A orientação do Governo escocês, baseada no peso dos conselhos dos peritos, é que o foco principal da atividade atenuante deve ser a monitorização regular do CO2 e as ações associadas para melhorar a ventilação (ou seja, a introdução de ar fresco nos espaços)”, lê-se na missiva.
“Quando isto não puder ser facilmente alcançado, e as leituras de CO2 permanecerem elevadas, os dispositivos de limpeza/filtragem do ar podem excecionalmente ser utilizados como mitigação temporária para reduzir os riscos em espaços problemáticos, enquanto são implementadas soluções mais sustentáveis, baseadas na ventilação”, continua a carta, que mereceu algumas críticas.
Foi o caso de Willie Rennie, porta-voz para a Educação dos democratas liberais escoceses, que apelou a Somerville para que identificasse melhores soluções para os problemas de ventilação, denunciando algumas das medidas como “um insulto aos milhares de professores e alunos que merecem uma solução melhor”.
“Em vez de colocar um filtro de ar em cada sala de aula, a solução da secretária da Educação é enviar um faz-tudo para cortar as portas“, disse, em declarações à STV News.