A Torre Renascença era promovida como uma “imagem do paraíso” na terra, mas o condomínio de luxo colapsou por completo durante o forte sismo que abalou a Turquia. O construtor do edifício foi detido enquanto centenas de pessoas continuam debaixo dos escombros, incluindo o futebolista Christian Atsu.
Atsu, ex-jogador de FC Porto e Rio Ave e actual atleta do Hatayspor da Turquia, é uma das centenas de pessoas que estará debaixo dos escombros da Torre Rönesans (ou Torre Renascença), um condomínio de luxo com 12 blocos e 249 apartamentos.
Viviam cerca de mil pessoas no edifício que ruiu por completo durante o forte sismo que abalou a Turquia a 6 de Fevereiro passado. Muitas delas continuam desaparecidas.
O edifício foi promovido como “uma imagem do paraíso”, sendo um condomínio de luxo com piscinas e courts de ténis que teria sido construído de acordo com “os padrões mais elevados de construção“. Neste momento, é simplesmente uma pilha de escombros.
Algumas das pessoas que viviam no condomínio, escolheram-no precisamente por acreditarem que cumpria as exigências de segurança para fazer face a um sismo de forte magnitude como aquele que se verificou na semana passada, de 7,8.
Contudo, essas normas de segurança não terão sido cumpridas e o construtor do edifício, Huseyin Yalçin Coskun, foi detido quando se encontrava no aeroporto Sabiha Gokçen de Istambul, e tentava viajar para Montenegro.
Torre de luxo é símbolo da má qualidade das construções
A Torre Renascença era um dos complexos mais exclusivos da cidade de Antakya, na província de Hatay, uma das mais afectadas pelo sismo. Foi construído em 2013, com a garantia de que cumpria os mais estritos critérios de qualidade e segurança.
O complexo era habitado por personalidades conhecidas na cidade e, depois de ter ficado totalmente destruído, converteu-se num símbolo da má qualidade das construções numa perigosa zona sísmica.
A detenção do construtor ocorreu após os serviços de informações terem alertado sobre a sua possível saída do país, através de um dos aeroportos de Istambul.
Desde os primeiros dias da tragédia que diversos media alertavam para a necessidade de adoptar medidas nas fronteiras para impedir a fuga de construtores de edifícios que colapsaram.
Os procuradores iniciaram investigações em dez províncias atingidas pelo sismo, em particular junto aos edifícios derrubados.
O número de vítimas mortais do violento terramoto que atingiu dez províncias do sudeste da Turquia, e também regiões da Síria, já ultrapassa as 16 mil. Mas os números reais podem ser muito mais elevados.
ZAP // Lusa
Se fosse cá em Portugal, a única coisa que faziam era enterrar os mortos… aos empreiteiros não lhes acontecia nada.
Esdrubal tem razão. Em Portugal o crime de violação de regras de construção, ao fim de 7 anos, nem conseguiu ir a julgamento. E ao responsável, um tal Emídio Catum, foi perdoado pelo Estado português uma dívida de 70 (setenta) milhões de Euros!!!
E morreu na caminha.