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Enfermeiros e polícias também tentaram contratar o homem forte dos motoristas

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Miguel A. Lopes / Lusa

O vice-presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques

Pardal Henriques, o representante do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, é o homem do momento dada a ameaça de greve desta classe profissional. E é o próprio a revelar que foi contactado por mais 15 sindicatos para lhes prestar assessoria jurídica.

O escritório de advocacia do porta-voz do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, foi “convidado por cerca de 15 sindicatos de várias áreas” para prestar serviços de assessoria jurídica, como revela o advogado em entrevista ao Público.

“Fomos abordados pelos motoristas, depois pelos motoristas de passageiros, pela Rodoviária de Lisboa que foi hoje constituído, fomos procurados pelos Vigilantes e Seguranças de Portugal, cerca de 40 mil profissionais com o Estado a ter 55% da contratação e que vivem numa situação complicada”, refere Pardal Henriques no jornal, salientado que estes foram os convites aceites.

“Mas fomos procurados por mais, por dois sindicatos da polícia numa ideia de unificar, pelos enfermeiros“, acrescenta ainda Pardal Henriques.

Na mesma entrevista, o porta-voz do SNMMP assegura que a greve dos motoristas marcada para dia 12 de Agosto vai mesmo avançar e “por tempo indeterminado”. “Esta greve não é financiada, os trabalhadores deixam de receber salário”, mas “estão dispostos a tudo”, garante.

“Deixou de ser um direito laboral para ser uma questão de honra, sentem-se ofendidos pelo Governo e pelas empresas”, diz ainda Pardal Henriques, frisando que o facto de o Executivo ter decretado os serviços mínimos criou “uma revolta muito maior” entre os motoristas.

Sobre a alegada investigação da Ordem dos Advogados de que estaria a ser alvo, após uma suposta denúncia por burla, conforme notícia divulgada nesta quinta-feira, Pardal Henriques sustenta que “não existe queixa nem nunca existiu burla”.

“Fizemos um processo contra o Diário de Notícias, exigimos a reparação da notícia, o que fizeram não com a mesma proporcionalidade, mas a notícia espalhou-se”, lamenta.

O advogado comenta ainda as supostas investigações ao seu passado empresarial, reconhecendo que cometeu “erros” no âmbito da empresa que teve em São João da Madeira, no distrito de Aveiro, mas salientando que não o fez “propositadamente” e que assumiu “a responsabilidade moral”.

“Essas pessoas não ficaram sem receber, quando a empresa foi declarada insolvente eu já não assumia funções de gestão e, ainda assim, na assembleia de credores, não sendo obrigado, ofereci-me para ajudar“, relata Pardal Henriques, constatando que “os trabalhadores receberam do Fundo de Garantia Salarial” e que assumiu “dívidas às Finanças, à Segurança Social e com muitos credores”.

Candidatura pelo PDR não confirmada

Na entrevista ao Público, Pardal Henriques esquivou-se a comentar a sua eventual candidatura às eleições legislativas pelo Partido Democrático Republicano (PDR) de António Marinho e Pinto. Limitou-se a notar que admira a “postura que [Marinho e Pinto] teve como bastonário” da Ordem dos Advogados.

Também Marinho e Pinto recusou confirmar Pardal Henriques como possível candidato. “Não confirmamos nem desmentimos esse ou quaisquer nomes dos que têm sido avançados pela comunicação social”, sustenta o presidente do PDR.

“As listas estão a ser ainda elaboradas e só nos vamos pronunciar quando estiverem terminadas e forem aprovadas”, refere à Lusa o advogado e ex-deputado europeu.

Marinho e Pinto estima que o rol de candidatos a deputados do PDR deverá estar finalizado “até ao final da próxima semana, lá para dia 20 de Agosto”.

ZAP // Lusa

10 Comments

  1. Este deve pensar que é o suprassumo… da barbatana… todos o queriam. haja paciência… vigarista é mesmo assim, não desaparece de um dia para o outro e é sempre o melhor de todos…

  2. Considero-me uma pessoa normal e racional, e às vezes espanto-me com a concretização daquilo que julgaria impossível!!!
    Mas será que existe algum sindicato com interesse em contratar tal “habilidoso”??? Mas faz algum sentido, algum sindicato contratar um representante duma classe que não é seguramente a dos trabalhadores?
    Pofr mais “habilidoso” que seja o senhor, não haverá limites para “ética sindical”, se é que alguém acha que deve exitir tal conceito?
    Realmente…

  3. Lo se vê quem quer o vigaro, policias enfermeiros professores estivadores e outros todos muito bem representados não haja duvida e todos eles isentos de merdum.

  4. HIPOCRISIA ao seu expoente máximo!!! O argumento mais antigo da civilização… “Desculpar com os outros”. Falou de honra… Siga em frente seja um mínimo honrado… Ou desapareça…

  5. pelos vistos há muita otariada que quer um azeiteiro mal amanhado sem pescoço
    Ainda vamos ver aquele filme “Os pardais também se abatem”

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