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Não passa dos 40 km/h: a expressão “velocidade de cruzeiro” pode induzir em erro

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(dr) MSC Cruzeiros

Significa que está a ir muito depressa, ou muito devagar? Ou nenhuma das hipóteses? E qual é a velocidade de um cruzeiro real?

Usamos e ouvimos muitas vezes, seja em conversas, seja na comunicação social, a expressão “velocidade de cruzeiro”.

Pelas notícias, e pegando só em exemplos das últimas semanas, podemos ler que uma determinada equipa quer manter a velocidade de cruzeiro depois de um percurso irregular; sabemos que o PS está a avançar para as eleições autárquicas a velocidade de cruzeiro; ou que o Governo entrou em velocidade de cruzeiro para tratar dos problemas na Saúde.

Mas, afinal, essa expressão quer dizer o quê? Que vão muito depressa, muito devagar?

Depende. No Ciberdúvidas, vemos três possibilidades: de facto, uma delas indica que é uma “alta velocidade constante”; a outra explica que “velocidade de cruzeiro” significa que “velocidade constante, rotina de trabalho”; e ainda há uma terceira possibilidade, que se traduz em… “monotonia” – por exemplo, quando um jogo decorre sem motivos de interesse, parece um treino.

No dicionário Priberam, vemos duas possibilidades: algo veloz, ligeiro, rápido; mas também a “progressão normal do desenvolvimento de uma acção ou actividade”.

Ou seja, na grande maioria dos casos, “velocidade de cruzeiro” pode descrever algum processo ou alguém que está a ir muito rápido, mas também pode querer dizer que entrou numa velocidade constante, “certinha” – e não necessariamente rápida. Em princípio, nos dois cenários é algo que está a correr bem.

Mas, afinal, a que velocidade anda realmente um… cruzeiro?

Bom, talvez fique surpreendido: o ZAP conseguiu apurar, junto de uma habitual viajante em cruzeiros à volta do mundo, que nessas viagens a velocidade máxima é… 40 km/h. “E se tudo correr bem”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

1 Comment

  1. A primeira e segunda hipótese disseram umas diferenças, apenas por dizer. Também da segunda para a terceira acrescentaram pouco.

    Bom, existe ma quarta hipótese, que é simplesmente fazer com que o Cruzeira passe de “parado” (ou lento), a estar já em velocidade suficiente para ser considerada alta, ou seja: que custa muito a arrancar e também depois custará muito a parar, portanto combater a inércia de trabalharem pouco ou nada, a estarem a trabalhar ( a andar em velocidade).
    Nada, tem a haver se a velocidade real ( se o Cruzeiro anda como um Ferrari)

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