SIC emite segundo Supernanny. Pais sofrerão medidas “mais duras”

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(dr) SIC

Apesar dos protestos e da polémica em torno do programa, a SIC ignorou os avisos e transmitiu, este domingo, o segundo episódio do Supernanny.

Ao longo da última semana, identidades como a Comissão Nacional de Proteção de Direitos das Crianças e Jovens (CNPDCJ), a Unicef, o Instituto de Apoio à Criança e vários especialistas, alertaram que o programa Supernanny da SIC viola os direitos das crianças.

No entanto, apesar das críticas, a SIC emitiu o segundo programa, desta vez expondo a família Frade. Segundo o Observador, na página do programa no Facebook, os pais, Ricardo e Carla, surgiram num vídeo promocional, pelo que a emissão do segundo programa não apanhou ninguém de surpresa.

No vídeo, Carla Frade apela a que as pessoas vejam o programa, argumentando que a especialista os “ajudou muito” e que, da mesma maneira, podia ajudar “muitos portugueses”.

De acordo com o JN, que cita a presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, Rosário Farmhouse, o organismo já recebeu mais de duas dezenas de queixas contra o programa, incluindo pedidos de ajuda de familiares de algumas crianças envolvidas.

“Os familiares pediram-nos ajuda para lidar com a situação e foram encaminhados para as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens locais, para eventual aplicação de medida de promoção e proteção”, explicou a presidente.

Além disso, Rosário adiantou que a criança protagonista do primeiro episódio está a ser vítima de bullying na escola e que o pai – que não aparece nas imagens do programa – tentou impedir a exibição do episódio, depois ter visto as imagens de promoção ao programa.

Apesar de toda a polémica, a estação de Carnaxide decidiu avançar para o segundo programa, insistindo na “vertente pedagógica” do mesmo. Na passada quinta-feira, a CNPCJ deu 48 horas à SIC para retirar todas as imagens em que aparecesse Margarida, a primeira criança que esteve nas mãos da Superanny.

Caso a estação televisiva não cumprisse esta ordem, a CNPCJ, em articulação com o Ministério Público, poderia avançar com um inquérito para verificação da existência do crime desobediência. O Observador questionou a Procuradoria Geral da República sobre o facto de terem passado as 48 horas, mas não obteve resposta.

No fim do segundo episódio, emitido este domingo, a SIC transmitiu imagens de promoção de um terceiro. Segundo o Observador, a CNPCJ avisa que, a partir de agora, as medidas serão mais duras para com os pais de crianças que decidam expor os filhos neste programa.

ZAP //

1 Comment

  1. a sic e aquela estaçao que serve os interesses das fake news e os projetos bizarros na defesa da criança esperança…. encerrem essa estaçao!!!! para bem publico. infelizmente temos uma geringonça que consegue apoiar este tipo de abusos e outros .. como roubos informaticos, assaltos ao bom nome de pessoas e instituiçoes. mas gente que defende aborto eutanasia e aberraçoes parecidas…. nao p+ode defender quem mais precisa , as crianças . lamentavel esta parceria juizes governo e sic. sera que querem outra forma de defesa e de luta contra este assalto oficializado as familias as crianças e aos velhos?

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