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Sete médicos julgados em Itália por recusar um aborto a mulher que acabou por morrer

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Sete médicos começaram a ser julgados em Catânia, na Sicília, por terem recusado efetuar um aborto a uma mulher de 32 anos que tinha engravidado de gémeos por inseminação artificial.

Valentina Milluzzo estava grávida de gémeos. Ao quinto mês, a italiana entrou em trabalho de parto e foi para o hospital. Um dos gémeos nasceu morto e Valentina pediu que abortassem o segundo, uma vez que já se sabia que o bebé não tinha viabilidade. Os médicos recusaram. Horas depois, Valentina morreu.

Na altura, os médicos alegaram que não podiam fazer o aborto, pois ainda tinha o coração a bater. Em Itália, a influência da Igreja Católica ainda é muito forte, o que poderá ter sido um fator. Outro é um nível de reprovação social que por vezes chega a comprometer a carreira dos médicos.

A lei italiana, embora autorize o aborto desde os anos 1970, também permite aos médicos negarem-se a efetuá-lo invocando objeção de consciência, de acordo com o Expresso. Dois terços dos ginecologistas fazem-no – e a percentagem tem vindo a crescer.

Valentina acabou por morrer de septicemia. Para o pai, é evidente que podia ter sido salva, se as obrigações médicas não tivessem sido desrespeitadas pelos médicos, que são agora acusados de negligência e homicídio involuntário.

O chefe de departamento de ginecologia no hospital nega que o facto de aqueles médicos serem objetores de consciência tenha desempenhado um papel na tragédia, acrescentando que se limitaram a cumprir as regras.

ZAP //

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5 Comments

  1. Pois, aki faz-se abortos a torto e a dto noutros sítios, nem quando se justifica o fazem. Então e não podiam ter feito o parto, ligar o bebé às máquinas e depois logo se via? Ao menos a mãe não morria. Enfim, os médicos são tão espertos e só complicam…

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