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Senado dá luz verde para votação da nomeação de Brett Kavanaugh

ninian_reid / Flickr

O magistrado conservador Brett Kavanaugh

O magistrado conservador, escolhido pelo Presidente dos EUA, conquistou uma primeira votação do Senado no processo de confirmação para juiz do Supremo Tribunal, com 51 votos contra 49.

Uma senadora republicana, Lisa Murkowksi, opôs-se à confirmação do magistrado nesta votação preliminar que dá uma indicação da votação final, que deverá decorrer no sábado.

Dois outros senadores, republicanos moderados, Susan Collins e Jeff Flake, pronunciaram-se a favor de Brett Kavanaugh, tal como o senador democrata Joe Manchin.

Pelo menos 302 pessoas foram detidas na quinta-feira por protestarem ilegalmente dentro do edifício do Senado dos EUA contra a nomeação de Kavanaugh para juiz Supremo Tribunal, informaram as autoridades norte-americanas.

De acordo com a polícia dos EUA, os manifestantes começaram a protestar nos degraus do Capitólio, edifício onde se encontram o Senado e a Câmara dos Representantes.

Contudo, e depois das autoridades bloquearem os degraus, os manifestantes dirigiram-se para dentro do átrio do Hart Senate Office Building, um de três edifícios de escritórios do Senado norte-americano.

Na quinta-feira, o líder da maioria republicana do Senado norte-americano, Mitch McConnell, anunciou que a Câmara alta vai votar no sábado sobre a nomeação para o Supremo tribunal do juiz Brett Kavanaugh e na sequência da investigação do FBI.

“O que sabemos de certeza é que a investigação do FBI não corrobora nenhuma das acusações contra o juiz Kavanaugh. E, segundo, que temos por certo de que nada do que façamos agradará aos democratas”, afirmou McConnell em conferência de imprensa, acompanhado por outros senadores republicanos.

Kavanaugh foi acusado publicamente por três mulheres de abusos sexuais, entre elas Christine Blasey Ford, que há uma semana contou a sua versão numa audiência pública perante o Senado sobre factos que supostamente ocorreram durante uma festa em 1982.

A débil maioria dos republicanos na Câmara alta, com 51 em 100 lugares, implica não permitir que quase nenhum dos seus representantes esteja ausente da votação, por necessitarem de pelo menos 50 votos para a confirmação de Kavanaugh.

No entanto, e após a investigação do FBI, que apenas se prolongou por cinco dias, dois dos senadores que questionavam o seu voto, Susan Collins e Jeff Flake, consideraram que os dados fornecidos pela investigação não confirmam as acusações contra o juiz apontado pelo Presidente Donald Trump.

“Esta pessoa está muito bem qualificada: é alguém que crê nos princípios das garantias processuais, a presunção de inocência e a disposição para servir. Por isso, o juiz Kavanaugh deve ser confirmado no sábado, assegurou o presidente do Comité judicial da Câmara alta, Chuck Grassley, que dirigiu esta avaliação.

No entanto, a pressão social contra a confirmação de Kavanaugh reforçou-se nos últimos dias, com centenas de mobilizações em todo o país.

// Lusa

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