Uma questão de semântica? Montenegro volta a recusar Governo com a “extrema-direita”

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Manuel Fernando Araújo / Lusa

Luís Montenegro, líder do PSD

Líder do PSD diz que o partido é o “porto de abrigo daqueles que não são extremistas nem radicais”.

Com o discurso que já se tornou característico, Luís Montenegro voltou a pronunciar-se sobre o posicionamento do PSD quanto a uma possível aliança eleitoral com o Chega, sem que, ao longo de todo o discurso, tenha pronunciado o nome do partido de André Ventura.

“Aqueles que querem mais clareza perguntem a António Costa se nunca mais vai governar, como já governou, com a extrema-esquerda”, retorquiu aos muitos anseiam por uma recusa mais clara quanto ao Chega.

“Nunca governámos, nem vamos governar, nem com o apoio da extrema-esquerda, nem com o apoio da estrema-direita. Não vamos governar nem com o socialismo, nem com o extremismo. Somos o porto de abrigo daqueles que não são nem extremistas nem radicais.”

No discurso, proferido na abertura do Conselho Nacional do PSD, Montenegro fez ainda uma referência velada ao ralhete de Augusto Santos Silva aos deputados do Chega durante a sessão solene organizada pelo Parlamento para receber Lula da Silva. “Francamente, como dizia alguém, já chega desta brincadeira.”

As referências do presidente da Assembleia da República não se ficaram por aqui, já que ao longo do discurso foram várias as críticas endereçadas ao antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, a quem Luís Montenegro acusa de nunca ter despido “a camisola do PS

O líder do PSD recordou ainda que “aquelas pessoas que perderam as eleições de 2015″ e, mesmo assim, conseguiram governar para questionar: “Como é que é possível que queiram atirar pedras para cima da casa do PSD? Como é que é possível?”

Da “geringonça”, destacou o caráter anti-europeiista, anti-NATO e alguns até anti-Ucrânia de alguns partidos, o que “acabou por correr mal“.

Recomendou ainda aos portugueses que “não se deixem enganar outra vez por António Costa e pelo PS, porque estão sempre de braço dado com o extremismo de esquerda e de direita — é conforme dá jeito“.

Para Montenegro, os socialistas estão “nervosos” e “receosos desta grande força que é o PSD”, partido que vê a formar um Governo maioritário, recusando um exercício de poder para “sobreviver” politicamente, como acontece atualmente.

ZAP //

3 Comments

  1. Português, não vote, diga não ao criminoso, corrupto, e anti-democrático, regime liberal/maçónico imposto pelo golpe de Estado da OTAN em 25 de Abril de 1974.

  2. Montenegro calado estavas melhor, não esqueci o Açores que o PPD para governar aliou-se ao Chega, e estou à vontade não tenho simpatias políticas mas desde o 25 de Abril até hoje o que tenho observado é que falam todos muito bem mas cumprirem o que prometem em campanhas eleitorais nem um cumpriu, assim como nenhum partido quando oposição tem ganho eleições, tem é recebido de bandeja o poder sempre que os eleitores se zangam com o governo e não dão o voto à oposição pelas ideias que nos apresentam nem o que farão quando estiverem no poder, vão todos para P.Q.P.

  3. Os jornalistas esquecem de perguntar a Montenegro se considera o Chega um partido de extrema-direita. A verdade é que não o é, e Montenegro sabe que sem o Chega só lhe resta o PS.

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