Os dinossauros não estava em declínio na altura que foram extintos do planeta e poderiam mesmo ter continuado como o grupo dominante na Terra caso não fossem dizimados por um asteróide há 66 milhões de anos.
Esta é a conclusão de uma nova investigação levada a cabo por cientistas da Universidade de Bath e do Museu de História Natural, ambos no Reino Unido, que recorreu à análise de modelos estatísticos sobre a diversidade destes animais na época em que foram dizimados.
Na altura em que foram dizimados por um asteróide, no final do período Cretáceo Superior, os dinossauros estavam espalhados por todo o mundo, ocupavam todos os continentes e eram o animal dominante na maioria dos ecossistema terrestres da Terra.
No entanto, escreve a agência espanhola Europa Press, este assunto é ainda controverso entre paleobiólogos, que não conseguem chegar a um consenso sobre a diversidade destas animais à época do impacto do asteróide: há quem defenda que estavam a prosperar, mas há também quem defenda que estavam em claro declínio em todo o mundo.
Para dar resposta a este dilema, recolheu uma série de várias árvores genealógicas de dinossauros e usou modelos estatísticos para avaliar se cada um dos principais grupos de dinossauros ainda poderia produzir novas espécies neste momento.
Os cientistas não só descobriram que os dinossauros não estavam em declínio na altura em que foram extintos, contrariando estudos anteriormente publicados, como também concluíram que estes poderiam ter continuado a ser o grupo dominante de animais terrestres no planeta, caso não fosse o impacto do asteróide.
“O ponto principal do nosso artigo não é tão simples como olhar para algumas árvores e tomar uma decisão: os grandes vieses inevitáveis no registo fóssil e a falta de dados muitas vezes podem mostrar um declínio nas espécies, mas pode não ser um reflexo da realidade da época”, explicou Joe Bonsor, autor principal do estudo, citado em comunicado.
“Os nossos dados não mostram que os dinossauros estavam em declínio. Na verdade, alguns grupos como os hadrossauros e ceratopsianos estavam a prosperar e não há evidências que sugiram que os dinossauros teriam sido extintos há 66 milhões de anos se o evento de extinção não tivesse ocorrido”, rematou.
Os resultados da investigação foram publicados na revista Royal Society Open Science.