SEF acredita que Lisboa está na rota das escravas sexuais

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As autoridades acreditam que Portugal está a ser usado como uma plataforma giratória de entrada de escravas sexuais na Europa.

Um dia depois do Natal, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve um suspeito de tráfico de pessoas e auxílio à imigração ilegal no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

O cidadão de nacionalidade nigeriana foi identificado à chegada de um voo proveniente de Casablanca, em Marrocos, pelo controlo de fronteira. O imigrante estava acompanhado por três mulheres, da mesma nacionalidade, cujo destino era a exploração sexual em França e na Alemanha.

O Correio da Manhã avança que este foi o sétimo suspeito detido pelo SEF ao longo do ano de 2017 nestas circunstâncias, depois de anos sem uma ocorrência de casos semelhantes.

De acordo com o CM, as autoridades acreditam que Portugal está a ser utilizado como uma plataforma giratória de entrada de escravas sexuais no continente europeu e o aeroporto de Lisboa é a porta de entrada.

Os sete detidos durante o ano passado e as vítimas são todos africanos, sobretudo da Nigéria e outros países da zona do Golfo da Guiné. As vítimas são mulheres jovens, com menos de 20 anos.

O SEF afirma que são mulheres “em situação de excecional vulnerabilidade, em razão da sua situação socioeconómica” e que são atraídas para a Europa com promessas de trabalho garantido e bem remunerado. Fonte do SEF adianta ainda que esta situação “é potenciada pelo aumento do número de rotas e de passageiros oriundos desses países”.

Pelo facto de casos semelhantes terem sido detetados noutros aeroportos europeus, a atenção a este tipo de crime aumentou, levando os criminosos a mudar as rotas para conseguir entrar na Europa, explica a mesma fonte do SEF.

Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF, diz que, embora os inspetores tenham tido formação, “é preciso mais investimento”. A investigação está nas mãos do Ministério Público.

ZAP //

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2 Comments

    • O artigo que partilhei defende que é errado representar as vítimas de escravatura de forma estereotipada, tal como amarradas com cordas ou correntes, ou fechadas atrás das grades. Não só isso corresponde raramente às situações reais, dando uma ideia errada ao público sobre o que são o tráfico e a escravatura, como ofende a dignidade das vítimas que muitas vezes lutaram para se libertarem da situação que lhes era imposta.

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