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Schalke vs FC Porto | Dragões arrancam empate a ferros

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Friedemann Vogel / EPA

O FC Porto arrancou “a ferros” um empate (1-1) no terreno do Schalke, na Arena de Gelsenkirchen, na primeira jornada da fase de grupo da Liga dos Campeões.

Tudo parecia correr de feição aos “dragões”, que conquistaram uma grande penalidade aos 12 minutos, mas Alex Telles não conseguiu bater o guarda-redes alemão.

A este arranque intenso seguiu-se uma longa “travessia no deserto”, interrompida pelo golo do Schalke, já depois da hora de jogo, acabando o FC Porto por marcar aos 75 minutos, num novo penálti, desta vez cobrado por Otávio, salvando-se o ponto conquistado numa partida disputada com mais vontade que qualidade, de parte a parte.

O Jogo explicado em Números

  • Partida a abrir com uma grande penalidade para os “dragões”, após o experiente Naldo ter tocado com a mão na bola. Na conversão, Alex Telles permitiu a defesa a Fährmann. Ainda assim, bom arranque por parte da equipa portuguesa, que teve mais posse nos primeiros 15 minutos (63%-37%) e maior eficácia na troca de bola (75%-67%).
  • Primeiros 20 minutos inglórios para Aboubakar, que não conseguiu impor-se junto da área germânica. O avançado camaronês disputou nove duelos neste período inicial mas venceu apenas dois deles, tendo sido batido nas cinco disputas pelo ar em que esteve envolvido. Felipe, por sua vez, mostrava-se imperial nas alturas, com quatro duelos aéreos ganhos em seis disputados.
  • À meia-hora de jogo já o Schalke equilibrara as contas. As duas equipas apresentavam o mesmo número de remates (cinco ao todo, um enquadrado), sendo que todos eles haviam sido efectuados por jogadores diferentes. E se em termos de posse de bola o Schalke ainda se ficava pelos 44%, os da casa já lideravam em eficácia de passe (76%-75%) e percentagem de duelos ganhos (54%-46%).
  • Primeira parte marcada por um grande equilíbrio, depois da grande penalidade desperdiçada logo a abrir. Ainda assim, era notório um ligeiro ascendente do FC Porto, que teve mais remates dentro da área contrária, mais posse de bola e maior eficácia na distribuição.
  • O médio alemão Serdar surgia na liderança dos GoalPoint Ratings no regresso aos balneários, com nota 6.7, fruto de um remate enquadrado, o único da sua equipa, seis acções defensivas, um drible eficaz, quatro recuperações de posse e ainda duas faltas sofridas.
  • Do lado do FC Porto era Felipe quem melhor se apresentava, 5.8, levando 29 passes certos, cinco duelos aéreos ganhos e oito acções defensivas.
  • Os dois centrais portistas, Felipe e Eder Militão, chegaram aos 60 minutos da partida sem um único desarme efectuado (embora com 13 alívios e seis intercepções). Por sua vez, os três homens do eixo da defesa do Schalke somavam, juntos, seis desarmes, com o experiente Nastasic na liderança, com quatro.
  • Apesar do bom início de segunda parte do FC Porto, foi o Schalke quem chegou ao golo, aos 64 minutos, numa transição rápida, com McKennie a surgir na direita e a deixar para Embolo, que rematou rasteiro para o fundo da baliza, apenas dois minutos depois de ter feito o seu primeiro disparo da partida.
  • Brahimi ia escondendo a habitual qualidade, chegando aos 70 minutos sem qualquer remate, apenas seis duelos ganhos em 15 disputados e ainda duas faltas sofridas – apesar de liderar a sua equipa em termos de eficácia de passe (88%).
  • Com enormes dificuldades para chegar junto da baliza contrária, o Porto acabou por empatar a partida de grande penalidade, depois de uma falta sofrida por Marega dentro da grande área alemã. Desta vez foi Otávio a marcar, e o médio brasileiro não desperdiçou da marca dos 11 metros, ele que ainda não tinha efectuado nenhum remate mas era o único portista com mais de um passe para finalização.
  • Os “dragões” chegaram aos 90 minutos do desafio com apenas quatro passes para finalização, sintoma crónico de uma equipa desinspirada e incapaz de encontrar soluções para desmontar a estratégia (também atabalhoada) do Schalke, que somou dez passes para situações de remate durante o tempo regulamentar.

O Homem do Jogo

Do primeiro ao último minuto, Felipe mostrou quem era o “patrão” da defesa portista. O central brasileiro esteve sempre em bom plano e até ajudou no ataque, acabando, no entanto, por desperdiçar uma ocasião flagrante de golo. Nada que, no entanto, o tenha prejudicado muito, já que terminou a partida com a nota mais alta nos GoalPoint Ratings, um 7.2.

Felipe somou 79 acções com bola e falhou apenas dez dos 57 passes que realizou, e, para além dos nove duelos aéreos que ganhou, recuperou a bola em dez ocasiões e foi o autor de 20 acções defensivas. Uma noite ao mais alto nível.

Jogadores em foco

  • Otávio 6.5 – Foi o autor do golo portista, num dos dois remates que fez, ambos enquadrados, e foi o único jogador da sua equipa com mais do que um passe para finalização. Venceu dois duelos aéreos e ainda ajudou na defesa, contabilizando quatro desarmes.
  • Bentaleb 5.9 – Deu nas vistas pelo elevado número de desarmes efectuados (dez, o máximo da noite) e de recuperações de posse (oito). Pela negativa, falhou 13 das suas 36 tentativas de passe.
  • Aboubakar 5.4 – Foi o jogador com mais remates, três, um enquadrado e dois bloqueados. Fez apenas 11 passes, dos quais acertou cinco, e esteve envolvido em oito duelos aéreos, vencendo dois.
  • Alex Telles 4.9 – Ficou de certa forma condicionado pela grande penalidade desperdiçada, logo a abrir a partida. Dois três cruzamentos que fez, apenas um foi eficaz, e perdeu a passe em 23 ocasiões. Ainda assim, terminou a noite com nove acções defensivas.
  • Brahimi 3.5 – Uma noite que Brahimi quererá apagar da memória. Não rematou, foi feliz em apenas dois dos dez dribles que tentou executar, perdeu a posse 18 vezes, foi desarmado em cinco ocasiões e ainda cometeu duas faltas.

Resumo

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1 Comment

  1. Eu como portista, só tenho uma coisa a dizer: adeus liga dos campeões e adeus campeonato! Jogo tão aborrecido mas tão aborrecido que adormeci ao intervalo…O Pinto da Costa deu coisas boas ao FC porto mas neste momento está velho e já é altura de dar lugar a outro! Nestes anos mais recentes, o presidente lixou o equilíbrio financeiro, com tantos milhões ganhos quer na liga dos campeões quer com as transferências! No ano que fomos campeões colocamos jogadores emprestados a jogar para o titulo, mas com a venda de defesas e laterais importantes, não conseguimos colmatar as saídas…se antes era uma equipa remendada agora é uma equipa com buracos….Coitado do treinador do Porto…não tem culpa disto…enfim Sr Pinto da Costa…já pode ir andando e obrigado por estes anos de glória..

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