Esta quinta-feira foi por marcada intrigas entre o atual ministro das Finanças (Joaquim Miranda Sarmento) e o ex (Fernando Medina) – curiosamente, no dia em que o “ex do ex” (Mário Centeno) foi chamado com urgência ao Parlamento.
O atual e o antigo ministro das Finanças trocaram, esta quinta-feira, acusações sobre o atual panorama orçamental do país.
De um lado, Joaquim Miranda Sarmento acusou o Partido Socialista (PS) de ter deixado as contas públicas em mau estado.
Do outro, Fernando Medina acusou o sucessor social-democrata de “falsidade política”, garantindo que o país não tem problemas orçamentais.
Num primeiro momento, o atual ministro de Estado e das Finanças estimou em cerca de 600 milhões de euros o défice registado até ao final do primeiro trimestre deste ano, acusando o anterior Governo de ter aumentado despesa já depois das últimas eleições legislativas.
“A situação orçamental é bastante pior do que o anterior Governo tinha anunciado”, declarou Joaquim Miranda Sarmento no final da reunião do Conselho de Ministros, dizendo que aos 300 milhões de euros de défice registados na última síntese de execução orçamental de março importa somar mais outros 300 milhões de euros em resultado do aumento das dívidas a fornecedores.
Em resposta, perante os jornalistas, Fernando Medina recusou que Portugal apresente um problema orçamental e insistiu que, num cenário de políticas invariáveis, o país registará um excedente na ordem dos 0,7% no final deste ano.
“Foram declarações lamentáveis e preocupantes que revelam uma de duas coisas: Ou impreparação e inaptidão técnica ou falsidade”, política, contrapôs Fernando Medina.
O ex-ministro das Finanças alegou que os recentes dados da Direção-Geral do Orçamento relativos à síntese de execução orçamental até março foram apresentados em contabilidade pública, quando o critério que releva para Bruxelas é o da contabilidade nacional.
Centeno chamado com urgência
Curiosamente, este “desaguisado orçamental” entre Miranda Sarmento e Medina ocorreu no mesmo dia em que o antecessor do ex-ministro das Finanças, Mário Centeno foi chamado ao parlamento com caráter de urgência.
Os deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública aprovaram um requerimento do Chega – com a abstenção do Livre e os votos favoráveis de todos os demais – para ouvir, com caráter de urgência, o governador do Banco de Portugal no parlamento.
Em novembro do ano passado, o Chega pediu para ouvir Mário Centeno, após o ex-primeiro-ministro António Costa ter revelado que propôs ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o nome do governador do Banco de Portugal para o substituir no cargo.
“Independentemente do nome veiculado a público ser ou não militante do Partido Socialista, este tipo de nomeação será inequivocamente envolta em suspeitas de natureza do foro político, bem como não poderá deixar de ser referido que é um evidente conflito de interesses públicos”, justificou.
O Comité de Ética do Banco Central Europeu (BCE) concluiu que o governador do Banco de Portugal não agiu de forma que comprometesse a sua independência no caso do convite feito por António Costa para o substituir.
ZAP // Lusa
Sarmento uma vez mais expõe a sua clamorosa incompetência política. (a ignorância, aqui, não encaixa).
Qualquer aluno de primeiro ano de um curso de contabilidade básica, estaria à altura de o desmascarar na sua pretensa e ridícula dramatização.
Tens sido muito seletiva nos teus comentários, estás de parabéns. 😉 Espero que já tenhas recuperado da azia de 10 de março, querida, porque precisas de aceitar que a Direita, apesar das imperfeições, e de algumas mentiras que os esquerdistas contam, sempre faz um melhor trabalho. 🙂