O sapador florestal que fez mais de 80 quilómetros entre hospitais com uma rebarbadora presa ao osso da perna teve mesmo de ser amputado.
O homem de 50 anos foi transferido entre os Hospitais da Guarda e de Viseu após ter sofrido um acidente em Celorico da Beira. Ficou com uma rebarbadora presa à perna direita enquanto estava a cortar madeira durante uma obra na casa do cunhado.
Após ter andado entre os Hospitais da Guarda e de Viseu, sempre com a rebarbadora presa ao osso e com um garrote para estancar a hemorragia que o podia matar, o homem acabou mesmo por ser amputado.
A cirurgia de amputação ocorreu no Hospital de Viseu, onde continua internado, como apurou o Correio da Manhã (CM).
“Perdeu cerca de 50% do sangue, o cenário era de terror”, explica a este jornal o comandante Carlos Almeida dos Bombeiros Voluntários de Celorico da Beira que assistiram o sapador aquando do acidente.
Bombeiros e INEM têm versões contraditórias
Celorico da Beira fica a cerca de 30 quilómetros da Guarda e a cerca de 50 quilómetros de Viseu.
O homem começou por ser levado para o Hospital da Guarda que fica mais próximo, mas que não tem valências para tratar uma situação como a que afectava o sapador.
“A viagem foi aconselhada pelo médico da VMER [Viatura Médica de Emergência e Reanimação], em articulação com o médico do CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes]”, justifica o INEM.
Mas os bombeiros de Celorico da Beira contam ao CM uma versão diferente. “Por mais de uma vez, o médico da VMER aconselhou a ida para Viseu – que fica a cerca de 40 minutos de Celorico da Beira –, mas tal não aconteceu”, nota o comandante Carlos Almeida ao jornal.
Certo é que o homem andou num vaivém entre hospitais e acabou por perder a perna direita.
“Ninguém sabe se o desfecho poderia ter sido outro” se tivesse sido, logo no início, transferido para Viseu, salienta o comandante Carlos Almeida.
depois quem sobre é o utente…
ainda ontem foi noticia de um idoso que foi ao centro de saude e foi-lhe negada assistencia médica… a familia teve que ligar para o 112 acabando o idoso por morrer à porta do centro de saude…
nem no tempo de troika as coisas estavam tão mal…
Temos que ser irritantemente optimistas, enquanto não nos toca à porta a desgraça.
Queriam 35 horas de trabalho !
Queriam ganhar mais !
Aí tem o resultado