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Sangue de gente jovem pode reverter danos associados ao Alzheimer

Tom / Flickr

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Não é todos os dias que a ciência confirma teorias algo semelhantes às dos filmes de vampiros, mas aqui está uma: diversos estudos em ratos descobriram que transfusões de sangue jovem revertem o envelhecimento. Com base nesta investigação, pessoas com Alzheimer serão injectadas com sangue de gente jovem, na esperança de que possa reverter alguns dos danos causados​ pela doença.

Os primeiros ensaios em humanos têm início no próximo mês de Outubro, na Escola de Medicina de Stanford. Os pacientes com a doença de Alzheimer num estado leve ou moderado, receberão plasma sanguíneo doado por voluntários de 30 anos ou menos.

Apesar da premissa vampírica, a aprovação para testes em humanos foi bastante fácil de obter, afirmou o responsável pelo estudo Tony Wyss-Coray, em declarações à New

stanford.edu

Wyss-Coray

Tony Wyss-Coray

Scientist. Afinal, já há muito tempo que se fazem transfusões de sangue, mas sem estudar todos os seus efeitos na saúde.

Se os testes funcionarem tão bem em humanos como em ratinhos, a função do cérebro pode melhorar imediatamente, apesar da possibilidade de ser apenas temporário. Nos ratos, as injecções de sangue jovem também curaram os seus músculos mais rapidamente, para além de reverterem o envelhecimento dos seus órgãos. O oposto aconteceu quando ratos jovens receberam sangue velho.

“Afinal, o sangue pode conter a fonte da juventude“, disse Wyss-Coray à New Scientist. “E está dentro de todos nós, o que é incrível. E só perde o seu poder à medida que envelhecemos”, acrescentou.

Embora as transfusões de plasma sanguíneo sejam já bastante comuns, serão ainda mais úteis depois de se identificar exactamente o que no sangue jovem tem poderes curativos. Os cientistas têm já uma ideia: trata-se de uma proteína, a GDF11, que é um “factor de crescimento” e que existe naturalmente no organismo dos ratinhos – e também dos seres humanos – e que diminui com a idade. Ratos injectados com GDF11 tinham cérebros com mais vasos sanguíneos novos e células-tronco, ambos sinais de um melhor funcionamento do cérebro.

Prestes a descobrir se o sangue jovem também funciona em humanos, é altura de questionar se esta será a melhor ou a pior coisa a acontecer à raça humana.

CG, ZAP

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