A senadora Elizabeth Warren afirmou na segunda-feira que o senador Bernie Sanders lhe disse que uma mulher não podia vencer as eleições presidenciais deste ano nos Estados Unidos (EUA). Ambos disputam a nomeação democrata que tentará evitar a reeleição de Donald Trump.
Segundo noticiou o Expresso, Sanders, por sua vez, nega ter feito o alegado comentário, que teria acontecido durante uma reunião de duas horas em 2018, garantiu Warren. A contenda começou quando a CNN citou assessores da senadora do Massachusetts que alegam que o senador do Vermont tinha proferido aquela declaração há mais de dois anos.
Sanders declarou ainda que o comentário foi fabricado por “funcionários que não estavam na sala e que estão a mentir sobre o que aconteceu”. “É ridículo acreditar que na mesma reunião em que Elizabeth Warren me disse que ia concorrer à presidência, eu iria dizer-lhe que uma mulher não podia vencer”, disse à televisão americana.
“Se eu acredito que uma mulher pode vencer em 2020? Claro! Afinal, Hillary Clinton venceu Donald Trump por três milhões de votos em 2016”, reforçou.
Num comunicado divulgado na segunda-feira, Warren referiu: “Entre os tópicos que surgiram estava o que aconteceria se os democratas nomeassem uma candidata. Eu achei que uma mulher podia vencer, ele discordou”. A senadora acrescentou que ela e Sanders continuam “amigos e aliados”.
Este incidente surgiu perto do sétimo debate democrata, que se realiza esta terça-feira à noite (madrugada de quarta em Portugal) em Des Moines, no estado do Iowa. Para muitos comentadores, o desentendimento representa o rompimento de um pacto de não agressão entre dois candidatos que disputam os eleitores mais à esquerda.
Além de Warren e Sanders, estarão no debate o ex-vice-Presidente Joe Biden, o mayor de South Bend, Pete Buttigieg, a senadora do Minnesota Amy Klobuchar e o filantropista Tom Steyer. Num estudo de opinião, realizado entre 08 e 09 de janeiro, 23% dos democratas disseram que votariam em Biden, 20% em Sanders e 15% em Warren.