Samuel Little diz ter matado 93 mulheres. É o mais mortal serial killer dos EUA

Samuel Little, um homem de de 79 anos que está preso desde 2012, afirma ter matado mais de 90 mulheres nos Estados Unidos ( EUA) e é agora considerado o ‘serial killer’ mais mortífero da história do país.

No ano passado, o homem disse aos investigadores que era responsável por cerca de 90 assassinatos em todo o país, entre 1970 e 2005. Num comunicado de imprensa divulgado no domingo, citado pelo Guardian, o FBI informou que os analistas acreditam que todas as confissões são credíveis, tendo as autoridades verificado 50 dessas até ao momento.

Os investigadores também forneceram novas dados e detalhes sobre cinco casos que ocorreram na Florida, Arkansas, Kentucky, Nevada e Louisiana.

Samuel Little está a cumprir várias sentenças de prisão perpétua na Califórnia. Segundo o próprio, estrangulou 93 vítimas, quase todas mulheres. Algumas das vítimas viviam à margem da sociedade e as suas mortes foram originalmente consideradas overdoses ou atribuídas acidentes ou causas indeterminadas. Alguns corpos nunca foram encontrados.

O FBI forneceu 30 desenhos de algumas das suas vítimas – retratos desenhados pelo próprio Samuel Little na prisão. São retratos principalmente de mulheres negras.

A agência também forneceu vídeos gravados durante entrevistas com Samuel Little na prisão. Num desses, descreveu uma mulher que estrangulou em 1993 – e como a empurrou ladeira abaixo numa estrada remota.

Noutro vídeo, descreveu uma vítima de Nova Orleães. “Ela era bonita. Pele clara, castanho-mel. Era alta para uma mulher. Forma bonita. E amigável”, contou. Era 1982, e conheceram num bar. Depois, a mulher terá saído com Samuel Little no carro deste, tendo estacionado perto de um ribeiro. “Essa foi a única que matei por afogamento”, disse.

Investigadores de todo o país ainda estão a relacionar as suas confissões com restos não identificados e casos não resolvidos de décadas passadas. Em agosto, declarou-se culpado de assassinar quatro mulheres em Ohio. Foi condenado na Califórnia por três assassinatos em 2013 e declarou-se ainda culpado de outro assassinato no Texas, no ano passado.

As autoridades do condado de Knox, Tennessee, disseram na segunda-feira que uma mulher chamada Martha Cunningham provavelmente é uma das vítimas de Samuel Little.

O Knoxville News Sentinel informou em dezembro que um investigador do condado de Knoxville identificou a vítima que Samuel Little chamou de “Martha”. O corpo da mulher foi encontrado numa área arborizada, no leste do condado, em 1975.

O corpo de Martha Cunningham foi encontrado por dois caçadores na tarde de 18 de janeiro de 1975. Tinha marcas e estava nua da cintura para baixo, com a meia-calça enrolada nos joelhos. Faltavam a bolsa e algumas jóias. O corpo parecia ter sido arrastado para a floresta e atirado para trás de um pinheiro, disseram as autoridades na época.

Apesar dessa evidência, os detetives na época atribuíram a morte a causas naturais. O relatório do médico legista lista a causa provável da morte como “desconhecida”.

Martha Cunningham era uma talentosa cantora e pianista, que cresceu a fazer apresentações com os pais e os seis irmãos mais novos num grupo gospel, conhecido como Happy Home Jubilee Singers.

As autoridades do Tennessee mantiveram Samuel Little sob custódia, 19 anos após a descoberta do corpo de Martha Cunningham. Foi condenado por delito doloso em 1994 em Nashville, Tennessee, e condenado a 90 dias de prisão, segundo o departamento de investigação criminal do Tennessee, obtido na segunda-feira pela Associated Press.

TP, ZAP //

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