Não bate certo: Salgado dá três sinais de não ter Alzheimer

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António Cotrim / Lusa

Não saber o nome dos filhos, a resposta “não sei, não me lembro”. Ricardo Salgado tem apresentado “baixo esforço” em tribunal.

Ricardo Salgado, antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES), está envolvido no processo EDP.

É acusado de um crime de corrupção activa para acto ilícito, um crime de corrupção activa e outro de branqueamento de capitais.

Há cerca de dois meses foi ao tribunal, esteve na sessão durante 10 minutos, mas respondeu a nada.

O seu advogado, Francisco Proença de Carvalho, lembrou que Salgado foi diagnosticado com Alzheimer: “Em defesa da dignidade humana, a defesa não vai aceitar que ele preste mais declarações. Não por não querer, mas por causa da doença”.

Mas os peritos do Instituto Nacional de Medicina Legal, que analisaram as suas respostas em tribunal, têm dúvidas.

O que vêem é “baixo esforço” em algumas das respostas do antigo banqueiro.

Um exemplo: dizer à juíza que não sabe os nomes dos seus filhos. O perito e psiquiatra Joaquim Cerejeira disse uma pessoa com Alzheimer “não tem” de saber os nomes dos filhos “mas tipicamente sabe”.

Outra dúvida surgiu devido a diversas respostas, sobre a sua vida pessoal e profissional, que repetiram as expressões “não sei, não me lembro”.

“Normalmente um doente com Alzheimer não diz ‘não sei’. Não é típico de um doente de Alzheimer. Quando diz ‘não sei’ ou ‘não me lembro’, é indicador de baixo esforço. Um doente com depressão desiste mais facilmente de responder, o doente com Alzheimer responde errado, mas esforça-se por responder. É o padrão que vem nos livros de psiquiatria”, analisou Joaquim Cerejeira, citado no Jornal de Notícias.

Mesmo assim, é natural que “uma vez por outra não diga que não sabe porque já está cansado”, devido à entrevista ser longa. “E às vezes pode dizer que não sabe para não ter de se esforçar tanto” – mas dizer constantemente levanta questões.

Outra perita, Maria Isabel Santana, comentou que, na perícia, “havia algum esforço insuficiente ou menor esforço em relação a memórias antigas, como filhos, mas recordava-se perfeitamente do livro que estava a ler”.

E reforçou: “Isso não é típico da doença de Alzheimer. Significa que pode haver um padrão insuficiente”.

ZAP //

12 Comments

  1. Retirem-lhe a Fortuna e os Bens a ver se ele não se lembra logo de falar com os Advogados, se lhe retirarem bens lembra-se logo que lhe falta algo

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  2. Se ele efectivamente tem alzheimer, então acho que não deva ir preso…..mas os bens que tem e a sua reforma esses deviam-se cingir ao essencial de sobrevivência, ou seja o ordenado mínimo. Eu sinto-me afrontado ao vê-lo com um motorista, quantas pessoas que levaram uma vida inteira a trabalhar honestamente e nem sequer têm um acompanhamento digno……é MUITO INJUSTO!!!!

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  3. Cuidado com a escrita!! É importante que os jornalistas se atentem à ortografia e à gramática para garantir uma comunicação clara e precisa. Afinal, a escrita pública deve refletir um padrão elevado de linguagem.
    No texto diz: “O que vêm é “baixo esforço” em algumas…”. Vêm vem do verbo Vir, não de ver!

  4. Ele é um bom ator e tem advogados que são pagos para o ajudar a “fugir” à JUSTIÇA. Se ele tivesse Alzheimer estaria numa instituição e não em casa, para dar mais credibilidade ao “teatro”.
    É mesmo: Retirem-lhe a Fortuna e os Bens a ver se ele não dá por falta, não se lembra de falar com os Advogados a dizer que lhe falta o conforto que tem.

  5. Vai preso na mesma, se nem se lembra do nome dos filhos que seja institucionalizado então. Vergonha maxima, este era alarecer arlguem e pegar-lhe fogo a tudo

  6. Como muita vez referi ; un Dia será Julgado e Condenado a titulo póstumo . Esta do “Alzheimer” só serve para Ele e sua tribu , poder gozar mais uns Anos , na sua Mansão !

  7. Alzheimer é uma demência, há outras fruto da decadência cognitiva. Ainda lê livros? É estranho, o meu irmão que era Doutorado e morreu com Alzheimer lia uma frase de um livro e no fim não se lembrava da frase que tinha acabado de ler, quanto mais lembrar-se do título do livro. Conseguia copiar textos, mas se fossem ditados já não conseguia escrever.

  8. Resumo da questão: não tem interesse nenhum andarem aqui a perder tempo com esta novela de ele ter ou não Alzheimer para ele ser( ou não ser) condenado e preso, o que teria interesse é serem-lhe-lhe consfiscados os bens que ele GARANTIDAMENTE ROUBOU/USURPOU e devolvidos a todos os lesados , certo? E ele que fique em sua casa de pantufas a viver o resto dos seus dias, com ou sem Alzheimer….se for preso ainda somos todos nós a sustentá-lo! País de Bananas.

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