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Ana Catarina Mendes, ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares
Ministra reforça que é precisa uma “evolução” nos salários em Portugal. Objectivo é chegar ao mínimo de 900 euros em quatro anos.
O salário mínimo nacional “aumentou significativamente” nos últimos anos, o salário médio também, mas é preciso evoluir mais.
A análise foi feita nesta quinta-feira por Ana Catarina Mendes, ministra dos Assuntos Parlamentares, numa conferência no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
“Sabemos, e temos consciência, que é preciso hoje olhar para a política de salários e valorizar os salários e, por isso, esperemos que este acordo na Concertação Social veja a luz do dia tão breve quanto possível”, comentou a ministra.
Ana Catarina Mendes falava sobre a proposta de valorização nominal das remunerações em 4,8% em média, em cada ano, entre 2023 e 2026. A ideia é aumentar os salários em 20% no total dos próximos quatro anos.
A tentativa de aumentar salários está também relacionada com os números baixos de Portugal, comparando com outros países europeus: “Portugal tem sempre salários mais baixos e é necessário que os salários possam evoluir”.
O salário mínimo nacional é de 705 euros. O Governo ainda não revelou um número concreto para o próximo ano, mas propõe um “diferencial adicional” devido à inflação. Poderá ultrapassar os 750 euros anunciados em 2023.
E, apesar de se prever que a inflação seja superior à subida do salário mínimo, Ana Catarina Mendes assegurou na quarta-feira que os trabalhadores a receber a remuneração mínima não vão perder poder de compra no próximo ano.