Saída limpa foi uma boa decisão de Portugal, diz Comissão Europeia

World Economic Forum / Flickr

Siim Kallas, vice-presidente da Comissão Europeia

Siim Kallas, vice-presidente da Comissão Europeia

O vice-presidente da Comissão Europeia atualmente responsável pelos Assuntos Económicos, Siim Kallas, reiterou hoje que Bruxelas apoiará o Governo português na sua opção pela chamada “saída limpa” do programa de assistência, que considerou “uma boa decisão”.

Numa conferência de imprensa, em Bruxelas, para apresentação das previsões económicas da primavera, Kallas – que substitui temporariamente Olli Rehn à frente da pasta dos Assuntos Económicos, dado o comissário finlandês se encontrar em campanha eleitoral – disse que, pessoalmente, apoia muito “esta decisão do Governo português”, que considerou “politicamente muito importante”, até porque aumenta a confiança dos investidores.

Questionado sobre os riscos que Portugal corre ao regressar ao financiamento no mercado sem qualquer rede cautelar, o vice-presidente do executivo comunitário admitiu que “nunca se pode prever todos os elementos” e “há sempre alguns riscos”, mas sublinhou que, “hoje”, a opinião da Comissão Europeia “é que esta decisão é justificada”, e pode e vai ser apoiada por Bruxelas, tal como dissera domingo à noite.

“Claro que o Governo português deve ser extremamente vigilante e não pode haver qualquer complacência, as reformas devem ser prosseguidas, e muitas medidas acordadas devem ser implementadas. Mas é uma boa decisão que Portugal tenha a chamada ‘saída limpa'”, disse.

O Governo português vai comunicar hoje, em Bruxelas, aos parceiros da zona euro a decisão de sair do programa de resgate financeiro sem recurso a qualquer programa cautelar, na última reunião do Eurogrupo durante a vigência do ‘resgate’.

No encontro de ministros das Finanças da zona euro, o derradeiro até à saída do programa de assistência financeira, a 17 de maio, Maria Luís Albuquerque irá transmitir formalmente ao Eurogrupo a decisão comunicada no domingo à noite ao país pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que anunciou a chamada “saída limpa” do programa.

“Depois de uma profunda ponderação de todos os prós e contras, concluímos que esta é a escolha certa na altura certa. É a escolha que defende mais eficazmente os interesses de Portugal e dos portugueses e que melhor corresponde às suas justas expectativas”, acrescentou o chefe do executivo PSD/CDS-PP.

/Lusa

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