A equipa olímpica russa está impedida de participar nos Jogos Olímpicos de Inverno, que se realizam entre 9 e 25 de fevereiro em Pyeongchang, na Coreia do Sul.
O Observador avança que a decisão de afastar a Rússia dos Jogos Olímpicos de Inverno surge depois de a equipa russa ter sido desclassificada de competições em que participou em 2014 devido ao uso de doping.
O relatório da comissão Schmid está na base da decisão do Comité Olímpico Internacional (COI), uma vez que concluiu que existe “manipulação sistemática de regras antidoping na Rússia e inclusivamente durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014″, em Sochi (Rússia). Para o presidente do COI, Thomas Bach, este foi “um ataque sem precedentes à integridade dos Jogos Olímpicos e do desporto” em geral.
O COI divulgou um comunicado no qual valida as conclusões do relatório.
A bandeira russa fica assim banida, mas os atletas russos que queiram participar, e apenas caso venham a ser convidados, terão que passar pelo filtro de um painel, tendo que respeitar as regras apertadas para poder entrar na competição.
Os convites são decididos por um painel chefiado por Valerie Fourneyron, que lidera a Autoridade Independente de Testes (criada este ano), mas também incluirá membros da Agência Mundial Antidoping, da Unidade Antidoping Desportivo e do Comité Olímpico Internacional.
Os critérios para que os atletas possam competir são: “Não devem ter sido desqualificados ou considerado inelegíveis por violação das regras antidoping”, “devem ter sido submetidos a todos os exames recomendados” durante a fase de preparação para os Jogos e “os atletas estão sujeitos a outros testes que sejam pedidos pelo painel para garantir igualdade competitiva”.
Assim, a entrarem na competição, estes atletas vão exibir a bandeira dos Jogos Olímpicos, e não a do seu país de origem e será ouvido o hino oficial dos Jogos.
Além disso, fica também definido que “nenhum membro da equipa olímpica russa dos Jogos de Sochi 2014 pode ser incluída na lista de convidados” para os Jogos, bem como “nenhum médico ou treinador de atletas que tenham violado as regras antidoping”.
O Observador refere ainda as implicações políticas desta decisão, uma vez que não serão concedidas acreditações a membros oficiais do Ministério do Desporto russo, para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018.
Excluindo também de qualquer participação aquele que era o ministro do Desporto quando o uso de doping aconteceu (nos Jogos de 2014), Vitaly Mutko, bem como o seu adjunto, Yuri Nagornykh.
Será ainda retirado da Comissão Coordenadora dos próximos Jogos Olímpicos (Beijing 2022) Dimitry Chernyshenko, que foi o responsável máximo do Comité Organizador dos Jogos de 2014.
Russos medalhados e desclassificados em Sochi2014 apresentam recurso no TAS
Vinte e dois atletas russos medalhados nos Jogos Olímpicos de Inverno Sochi2014 e posteriormente desclassificados por doping, pelo Comité Olímpico Internacional (COI), vão apresentar recurso no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).
Fonte do TAS, citada pela agência AFP, deu conta deste apelo dos atletas russos, entre os quais Alexander Legkov, campeão nos 50 quilómetros de esqui de fundo, e Aleksandr Zubkov, que conquistou duas medalhas de ouro em bobsleigh.
O COI desqualificou 25 atletas russos de Sochi2014, retirando um terço das medalhas conquistadas pela Rússia – sobram 11 de um total de 33.
Na sequência do sistema de dopagem institucionalizado, entre 2011 e 2015, revelado pelo designado relatório McLaren, o COI decidiu, na terça-feira, impedir a participação da Rússia como nação nos próximos Jogos Olímpicos de Inverno Pyeongchang2018.