Rui Rocha demite-se da liderança da IL. Já há 3 nomes na calha para a sucessão

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Tiago Petinga / Lusa

Próxima de Rui Rocha, a líder parlamentar Mariana Leitão é apontada como a favorita na sucessão. Mário Amorim Lopes também pode avançar, assim como Rui Malheiro, um opositor interno à liderança de Rui Rocha.

É já quase uma tradição na Iniciativa Liberal — os líderes ficam pouco tempo na cadeira e causam surpresa quando se demitem.

Depois de João Cotrim Figueiredo, foi agora a vez de Rui Rocha anunciar que está de saída da chefia do partido, justificando a sua saída com o resultado aquém do desejado nas legislativas e por não querer ficar agarrado ao poder.

Ao contrário do sucedido na saída de Cotrim Figueiredo, a IL não indicou de imediato um sucessor, preferindo abrir um período de ponderação. No entanto, nos bastidores, já começam a perfilar-se potenciais candidatos à liderança.

Segundo o Observador, a favorita é Mariana Leitão, atual líder da bancada parlamentar e um dos nomes mais mediáticos do partido. Leitão é vista como uma sucessora natural, sobretudo por ter estado sempre ao lado de Rui Rocha e por ter já sido escolhida como candidata presidencial da IL.

Outro nome em consideração é Mário Amorim Lopes, deputado que se tem destacado pela visibilidade mediática e proximidade à direção cessante. Apesar de ter menos notoriedade do que Mariana Leitão, encaixa bem no perfil de continuidade defendido por Rui Rocha e pela atual liderança.

Do lado da oposição interna, Rui Malheiro, do movimento Unidos pelo Liberalismo, poderá avançar. Apesar de ter sido derrotado por Rui Rocha na última convenção, não exclui a hipótese de concorrer novamente, dando conta de que vai avançar caso tenha “uma base de apoio sólida”, depois de ter sido “apanhado de surpresa” pela demissão do anterior adversário.

A liderança da IL enfrenta ainda o habitual saudosismo de figuras como João Cotrim Figueiredo e Carlos Guimarães Pinto. Contudo, ambos parecem pouco inclinados a regressar. Cotrim Figueiredo, agora eurodeputado, deixou a liderança precisamente por não se considerar o perfil de líder popular que a IL necessitava, enquanto que Guimarães Pinto se tem mantido à margem da vida interna desde que passou a tocha a Cotrim Figueiredo quando a IL elegeu o seu primeiro deputado.

Apesar da decisão de Rui Rocha poder ter apanhado o país de surpresa, o mesmo não pode ser dito da sua equipa mais próxima, que reconheceu que o resultado eleitoral – apesar da eleição de mais um deputado – não cumpriu o objetivo de ser suficiente para assegurar uma coligação maioritária com a AD no Governo.

Entre as reflexões internas e as ambições de futuro, a IL prepara-se para a sua próxima convenção, onde será eleito o quinto presidente em apenas oito anos de existência do partido.

Adriana Peixoto, ZAP //

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