//

Rui Pinto criou Football Leaks após Pedro Guerra mostrar contratos em televisão

Rui Pinto / Twitter

Hacker Rui Pinto

Rui Pinto decidiu criar a plataforma Football Leaks após Pedro Guerra ter divulgado contratos e acordo confidenciais em televisão, avança o Jornal de Notícias.

Rui Pinto criou o Football Leaks com o intuito de revelar os podres do mundo do futebol e dos seus negócios obscuros. A decisão de lançar a plataforma surgiu após comentadores benfiquistas terem divulgado propostas e acordos confidenciais num programa desportivo na televisão.

Em causa está, nomeadamente, Pedro Guerra, que divulgou contratos e acordos entre clubes, agentes e jogadores na TVI24. Em setembro de 2015, o comentador benfiquista apresentou um esboço de uma tentativa de acordo entre o Sporting e o Fulham para a contratação de Kostas Mitroglou. O grego acabaria por se juntar ao Benfica nessa época.

Rui Pinto nega também ter sido a fonte dos comentadores. A notícia avançada esta quinta-feira pelo Jornal de Notícias baseia-se na contestação que a sua defesa entregou ao Tribunal Central Criminal de Lisboa.

O whistleblower português garante que não trabalhou sozinho, mas assume toda a responsabilidade. “Uma parte substancial dos documentos” foi enviada para o email do Football Leaks, salientou a defesa de Rui Pinto.

Rui Pinto começa a ser julgado dia 4 de setembro e é acusado de 90 crimes. A defesa do pirata informático indicou que é “inadmissível” que o hacker esteja acusado por 90 crimes, ao invés dos dez identificados no mandato de detenção europeu (MDE) e no seu posterior alargamento.

“É forçoso concluir que uma acusação por 147 crimes e uma pronúncia por 90 não é compatível – é o mínimo que se pode dizer – com os 10 crimes, isto é 6 + 4, pelos quais o arguido poderia responder nestes autos de acordo com os crimes identificados no mandado de detenção europeu emitido pelo Ministério Público português e os crimes identificados no seu respetivo alargamento”, lê-se na contestação apresentada terça-feira no Tribunal Central Criminal de Lisboa.

A atuação do Ministério Público (MP) relativamente ao pedido de alargamento do MDE e ao “uso que veio a fazer do mesmo” violou as normas de direito comunitário e nacional de forma “flagrante e grave”, continuou a defesa, estando em causa o desrespeito pelo princípio da especialidade.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.