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“Parecem feitas pelo Obélix”. Rui Moreira critica estações de Siza Vieira para o metrobus do Porto

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CM Porto

O Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

O Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

As estações da autoria do arquitecto Álvaro Siza Vieira que estão a ser construídas para o metrobus do Porto parecem “ter sido feitas pelo Obélix”, criticou o presidente da Câmara da cidade, Rui Moreira.

“Se me perguntar se compreendo quer na Avenida da Boavista, quer na Marechal Gomes da Costa, as estações que lá estão a ser feitas, eu não gosto”, afirmou o autarca, frisando que não entende “porque é que são feitas assim”.

Em declarações durante a Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na segunda-feira à noite, Rui Moreira defende que as estações do metrobus deviam assemelhar-se às novas paragens de autocarro que foram construídas na cidade.

“Olho para aqueles matacões que, a meu ver, deviam ser costas com costas e coisas levezinhas, envidraçadas e não precisavam de ser coisas que parecem ter sido feitas pelo Obélix“, salientando a situação com o que se passa na Selecção Nacional de futebol.

“É a questão das vacas sagradas”, referiu.

CMP / Facebook

Uma das estações de Metro do Porto em construção na Avenida da Boavista

Rui Moreira anseia por “metro com capacidade maior”

Apesar das críticas, o autarca independente saudou algumas das opções levadas a cabo no projecto do metrobus, como a largura dos passeios e, consequentemente, a retirada de estacionamento à superfície, a colocação de árvores nos passeios e a retirada do Monumento ao Empresário para ali criar “um bosque com árvores”.

Rui Moreira considerou ainda “uma boa notícia” o projeto de manter a ciclovia entre o cruzamento da Marechal Gomes da Costa e o Castelo do Queijo.

“A Avenida da Boavista não tem a mesma bitola. Na parte de baixo vamos poder manter a ciclovia, mesmo reduzindo as faixas de rodagem”, afirmou, lamentando o facto de a Avenida da Boavista “não dar para tudo”.

O autarca independente destacou também que a importância daquela artéria e o seu acesso à Via de Cintura Interna (VCI), não permitiriam reduzir a faixa de rodagem para apenas uma via.

“Não estamos ainda nessa fase. Se o metrobus corresponder às expectativas de trânsito, talvez possamos ter um metro com capacidade maior”, observou Rui Moreira.

Metrobus é financiado pelo PRR

O metrobus ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) ainda este ano.

As obras da primeira fase arrancaram no final de Janeiro de 2023, estando previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

Inicialmente, o projecto do metrobus estava previsto apenas até à Praça do Império, mas como o valor da adjudicação (25 milhões de euros) ficou abaixo dos 66 milhões de euros, o Governo decidiu fazer uma extensão do serviço até à Praça Cidade do Salvador, conhecida como Anémona, em Matosinhos.

O investimento inicialmente previsto para o metrobus, de 66 milhões de euros, é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e os 10 milhões adicionais poderão ser também financiados pelo PRR, pelo Fundo Ambiental ou pelo Orçamento do Estado.

ZAP // Lusa

5 Comments

  1. Nao as vi, uma coisa tenho a certeza, o Rui Moreira não é um arquitetone devia tar calado. Ou entao v3m o Siza Vieira 5omar decisões políticas por ele.

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  2. É verdade O Rui Moreira não á arquitecto.
    Mas o Siza Vieira também não.
    Ele faz pseudo arquitectura. Disseram-lhe que é bom e ele acreditou.
    E não é.
    Não conheço nenhuma obra dele que tenha boa habitabilidade e funcionalidade (para o qual é preciso ser mesmo bom arquitecto), que se enquadre onde está implantada e muito menos que seja bonita (embora esta ultima parte dependa logicamente do gosto)).
    Honestamente nunca entendi como é que os projectos dele podem ter ganho prémios.
    No entanto, a culpa é de quem o contrata. Tantos arquitectos realmente bons temos em Portugal, e sempre que há uma obra com alguma relevância, lá vem ele…

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  3. O problema não está nos cobertos desenhados pelo Sr.º Arquitecto, Siza Vieira, mas sim no projecto da Sr.ª Arquitecta, Joana Barros, que foi mal concebido deformando e atrofiando as Avenidas da Boavista e de Marechal Gomes da Costa, com passeios e vias de trânsito sem as dimensões correctas que prejudicam a circulação de peões e fluidez do trânsito, e a subtracção dos lugares de estacionamento que vai prejudicar os Portuenses, o comércio, serviços, e empresas.
    É um projecto mal concebido, mas a arquitecta não tem culpa de ser medíocre, o verdadeiro culpado é o Executivo do «Porto, o Nosso Partido/Porto, o Nosso Movimento/Aqui Há Porto» que aprovou e autorizou um projecto desnecessário.

  4. Não me surpreenderá nada que as paragens projetadas por Siza Vieira sejam um aborto, à semelhança de outros que o próprio assinou.

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  5. “Olho para aqueles matacões que, a meu ver, deviam ser costas com costas e coisas levezinhas, envidraçadas e não precisavam de ser coisas que parecem ter sido feitas pelo Obélix“, diz o Moreira. Os tais matacões realmente não são grande coisa, mas as “coisas levezinhas e envidraçadas” que o Moreira espalhou pelo Porto, também são uma valente esterqueira! Aquilo não protege nem do sol, nem da chuva. Algumas delas colocadas em passeios estreitíssimos, outras em locais cujo número de passageiros à espera não justifica semelhante aparato. Moreira, sem dúvida, é o pior presidente que alguma vez passou pela CMP. A cidade está a ser despejada dos seus habitantes originais e está tudo a passar para as mãos dos estrangeiros e negócio do turismo. Como os fozeiros gostam.

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