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Ruanda acusado de manter rede de espionagem para intimidar exilados

World Economic Forum / Flickr

O Presidente do Ruanda, Paul Kagame

O governo do Ruanda está a ser acusado de manter redes de espionagem em certos países, nomeadamente a Austrália, para intimidar refugiados que possam criticar o regime.

O alerta veio dos serviços de inteligência australianos e tem sido confirmado pela experiência de ruandeses que vivem em países onde tiveram de se exilar devido às condições atuais no seu país, noticiou na quinta-feira o Expresso.

Um canal de televisão australiano passou um vídeo em que um ruandês, aparentemente um espião, descreveu a existência de missões secretas nas embaixadas do país. O homem, que não sabia que estava a ser filmado, vai ao ponto de referir como os vistos de estudantes são usados para implantar espiões na Austrália.

Vários exilados e refugiados têm-se queixado de serem vítimas de intimidação e ameaças. Por vezes, estas referem-se às famílias que eles deixaram para trás, o que pode ser ainda mais angustiante. Além da pressão para os silenciar, o objetivo pode ser o de contratá-los como espiões.

O Ruanda é governado pelo Presidente Paul Kagame há mais de duas décadas e meia, em condições consideradas repressivas. Outras ditaduras e autocracias usam a mesma estratégia agora noticiada, desde há muito tempo. Exemplos óbvios incluem a China, a Coreia do Norte e o Irão.

Tal como no caso do Ruanda, há muitos exilados que têm família no país de origem, e “o governo pode optar por exercer esse poder sobre as mentes dos residentes na Austrália”, conforme explicou um comentador.

TP, ZAP //

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