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Rua de Gaia está sem luz há cinco meses

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Rua Professor Amadeu Santos, Valadares, Vila Nova de Gaia

Há uma rua sem luz há cinco meses. Sim, em Portugal, mais concretamente em Valadares, Vila Nova de Gaia. Duas idosas já caíram. Depois de anoitecer, há já quem não saia, com o medo. E quem sai só sai mesmo de lanterna.

Parece uma notícia de um país subdesenvolvido, mas é mesmo em Portugal: A Rua Professor Amadeu Santos, em Valadares, Vila Nova de Gaia (o terceiro município mais populoso do país) está sem iluminação pública há cerca de cinco meses.

Segundo o Jornal de Notícias (JN) conseguiu apurar junto da Câmara de Gaia, em causa está o corte de um cabo subterrâneo, que deixa aquela rua às escuras, desde maio.

“Trata-se de uma interrupção de um cabo subterrâneo. Como a rede de iluminação pública é linear e ponto a ponto, se houver um corte em qualquer um destes pontos ou trajetos, a iluminação é interrompida. Foi o que aconteceu devido a obras realizadas por desconhecidos“, explica fonte do município.

A Câmara garante que já tem o problema identificado: “Há vários pedidos feitos junto da E-Redes, que já se deslocou várias vezes ao local para verificar o problema, entretanto já identificado”. No entanto, não é resolvido.

Helena Borges, moradora, denuncia ao JN que a rua ficou às escuras “depois da empreitada para mudar a conduta da água”.

“Recordo-me que estiveram à espera que as aulas na Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves acabassem para não causar tanto transtorno”. Entretanto, as aulas terminaram e já voltaram, e o problema não foi resolvido.

Nesse período duas idosas já caíram: “Bati com o ombro em cheio no chão e agora vou a uma consulta, no fim do mês, para o médico me mandar fazer algum exame, porque ando cheia de dores”, contou Maria de Lurdes Pinto, de 71 anos.

“Ainda no outro dia, era tanta a escuridão que um miúdo acabou por vir contra mim. Da paragem de autocarro até minha casa existem dez postes de luz que estão desligados. Não se admite”, acrescentou a moradora.

Depois do anoitecer (e agora cada vez mais cedo), há quem não saia de casa por medo; mas os “corajosos” só o conseguem fazer de lanterna. É o caso de Helena Borges, que todas as noites vai ajudar a irmã a cuidar dos pais, de 78 e 83 anos, com mobilidade reduzida.

A Câmara disse ao JN que terá de ser feita uma intervenção para a reparação, que “deverá ser executada nas próximas semanas”.

A autarquia esclareceu ainda que, para se chegar ao cerne do problema, “teve de ser feita uma análise subterrânea, com recurso a equipamentos próprios, para identificar o local em causa”.

ZAP //

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