Nuno Lobo acusa Rui Pereira Caeiro, o braço-direito de Pedro Proença, de lhe enviar fotos privadas em restaurantes com a mensagem: “sabemos por onde anda”. A queixa já está a ser investigada pelo Ministério Público.
Nuno Lobo, candidato às eleições da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e atual presidente da Associação de Futebol de Lisboa, apresentou uma queixa formal ao Ministério Público, denunciando alegados casos de espionagem e escutas ilegais relacionados com a sua candidatura.
O advogado alega que estas ações têm ocorrido no contexto da disputa eleitoral, onde deverá enfrentar Pedro Proença, atual presidente da Liga de Clubes e também apontado como candidato à FPF.
Segundo Nuno Lobo, há indícios de que o seu telemóvel está sob escuta, com conversas privadas a ser divulgadas publicamente. De acordo com a CMTV, a queixa descreve um ambiente de vigilância constante e refere alegadas fotografias tiradas às escondidas durante encontros de Nuno Lobo em restaurantes por todo o país, imagens que terão sido disseminadas entre agentes desportivos e nas redes sociais.
Estas fotografias foram anexadas à queixa e incluem registos de encontros em Lisboa e no Porto. Segundo Nuno Lobo, as imagens terão sido partilhadas por Rui Pereira Caeiro, diretor executivo da Liga e braço-direito de Pedro Proença, através da aplicação WhatsApp, incluindo mensagens com tom ameaçador como: “Sabemos onde esteve e por onde anda”.
Na denúncia, o candidato sugere que Proença poderá estar ciente ou até conivente com estas ações, que classifica como uma grave violação do direito à privacidade e intimidade.
O caso foi entregue ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), onde Nuno Lobo pede a abertura de um inquérito para apurar os ilícitos criminais em causa, considerando as ações “indevidas, ilegais e ilícitas”.
Entretanto, Pedro Proença recebeu o apoio oficial da direção da Liga de Clubes para a sua candidatura à presidência da FPF, de acordo com um comunicado enviado pela organização que ainda lidera. Questionado pelo Correio da Manhã, Rui Pereira Caeiro recusou comentar as acusações.
O Ministério Público deverá agora investigar as alegações, incluindo a autenticidade das imagens e mensagens apresentadas.