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Ritual da morte de culto pré-histórico pode ter desencadeado revolução na arte neolítica

(dr) Kharaysin Archaeological Team

As estatuetas, encontradas na Jordânia, podem ter sido usadas num ritual mortuário que pode ter desencadeado uma revolução na arte neolítica.

Uma equipa de arqueólogos encontrou, na Jordânia, mais de 100 estatuetas que representam seres humanos e que datam de 7.500 a.C.. Os objetos foram descobertos próximo de um local de escavação neolítico em Kharasyin, no vale do rio Zarqa, e terão sido usados por um culto pré-histórico.

O sítio arqueológico foi escavado em 2014, mas o artigo científico com as descobertas foi publicado no dia 7 deste mês na Antiquity. A análise dos artefactos foi realizada pelo Conselho Nacional de Pesquisa de Espanha e pela Universidade de Durham, no Reino Unido.

Inicialmente, a equipa presumiu que estes objetos podem ter sido usados como ferramentas até terem sido criadas estas formas humanóides. No entanto, uma análise posterior sugeriu que fossem figuras a representar seres humanos, uma ideia que ganhou força à medida que a investigação foi aprofundada.

Os arqueólogos concluíram, assim, que estes objetos foram usados “durante rituais mortuários e cerimónias fúnebres que incluíam a extração, manipulação e enterro de restos mortais”.

Apesar de a equipa ter mantido o ceticismo em relação a esta teoria durante muito tempo, as provas deste ritual pré-histórico eram inequívocas, avança o All That’s Interesting.

O facto de estas figuras terem sido descobertas muito perto de antigos cemitérios não é um acaso: os especialistas acreditam que este processo de desenterrar mortos e criar estatuetas pode ter levado os primeiros humanos a retratar seres humanos na sua arte, ao invés de animais.

Ainda assim, os detalhes específicos das crenças desta comunidade permanecem incertos. Os especialistas sugerem que as figuras eram representações dos mortos para homenagear os seus antepassados.

Apesar de as representações mais antigas de seres humanos terem sido encontradas na Alemanha (e terem cerca de 35.000 anos), esta representação de seres humanos nunca foi encontrada na Jordânia antes do oitavo milénio a.C..

ZAP //

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