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Galamba é secretário de Estado. “Anda tudo doido”

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Tiago Petinga / Lusa

O deputado do Partido Socialista (PS), João Galamba

O presidente do PSD, Rio Rio, acusou esta segunda-feira o Governo de estar a “partidarizar a pasta da Energia”, reagindo a notícias que dão conta de que o deputado do PS João Galamba é o novo secretário de Estado da Energia. O ex-ministro David Justino acha que “anda tudo doido”.

Rui Rio, líder do PSD, realçou, em declarações aos jornalistas à entrada para um encontro com militantes do partido em Aveiro, que o setor da energia “é um lugar político, mas tem uma componente técnica forte”, adiantando que “não se conhece ao deputado João Galamba grande formação na área da energia”.

“Penso que não tem nenhuma formação específica na área da energia. Sendo assim, vejo muito mais aqui a questão de uma certa partidarização da pasta da energia, do que propriamente colocarmos um técnico que sabe bem aquilo que o setor precisa”, afirmou.

A confirmar-se a escolha do antigo porta-voz do PS para assumir a pasta deixada vaga por Jorge Seguro Sanches, o líder do PSD considera que se trata de “um mau sinal”, ainda por cima, numa altura em que diz haver “uma tensão entre o Governo e as energéticas, particularmente a EDP”.

“A partidarização não augura nada de positivo e o anterior secretário de Estado estava a fazer um percurso que demonstrava alguma independência, alguma autonomia, nas suas políticas e nas suas decisões. Prevejo que agora não seja assim, mas vamos ver”, concluiu.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu esta segunda-feira posse aos novos ministros da Defesa, da Economia, da Saúde e da Cultura. Na sequência de uma alteração orgânica, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, tomou posse como ministro do Ambiente e da Transição Energética, pasta até então no Ministério da Economia.

Questionado sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2019, entregue esta terça-feira na Assembleia da República, Rio disse que teme que, pelas medidas que têm sido anunciadas, o documento tenha um “perfil eleitoralista”.

“Aquilo que foi sendo dito, se for assim, nós temos razão para estarmos com receio que o Orçamento tenha um perfil muito mais eleitoralista, ou seja muito mais destinado às eleições de 2019, do que ao futuro do país”, afirmou.

Rui Rio identificou ainda aquelas que considera ser as principais diferenças entre um Orçamento apresentado pelo PSD e um apresentado pelo PS, apoiado no Bloco e no PCP, adiantando que o primeiro deve estar “muito voltado para o futuro, para o investimento, para a poupança e para as empresas” e o segundo “para a distribuição”.

“Vamos ver se em 2019 também é assim. Temo que ainda seja pior”, concluiu.

O Orçamento do Estado será votado, na generalidade, em 30 de outubro no parlamento, estando prevista a votação final global para 29 de novembro.

António Costa já adiantou que o próximo orçamento deverá conter numa redução significativa dos preços dos passes de transportes nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, aumentos das pensões e da massa salarial na administração pública, uma subida do mínimo de existência social para efeitos de IRS, assim como medidas para estimular o reinvestimento de lucros por parte das empresas.

Na proposta do Governo prevê-se um crescimento de 2,2%, uma redução do défice para 0,2%, uma descida da dívida para 117 do PIB (Produto Interno Bruto) e uma queda do desemprego para 6,3%.

“Anda tudo doido”

David Justino, vice-presidente e presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD, também se pronunciou acerca da escolha de João Galamba para secretário de Estado da Energia, comentando, no Facebook, que “anda tudo doido”.

Ao Observador, Justino disse que a João Galamba só lhe reconhece “a verborreia parlamentar”. ” Não reconheço qualquer obra científica ou técnica. Aliás, a última intervenção que fez como deputado foi defender a escolha de um deputado do PS para a Entidade Reguladora do Setor Energético.”

Além disso, acrescentou que, enquanto a remodelação do Governo não o surpreende, “a escolha de Galamba é uma surpresa e não é uma agradável surpresa“.

ZAP // Lusa

23 Comments

  1. Mal vai o governo Costa, quando precisa de nomear um aselha como Galamba, que de Energia sabe ZERO !
    Tenham cuidado com este carapau de corridas, menino bonito de Sócrates, com um apetite desmesurado pelo poder. Teríamos um Sócrates II, mas muito mais rasca !

    • Bem dito. Isto é um autêntico erro de casting, tendo em conta a pasta que é. Se fosse o Ministério da Masturbação Argumentativa, eu ainda perceberia.

  2. Caro Carlos,
    Não tenha dúvidas quanto a isso.
    O Galamba é o ‘delfim’ ideológico do PS.
    É aquele que, desde há bastante tempo desempenha o papel de ponta de lança ideológico do PS que gosta de ter políticas liberais quando é para encher o rabinho dos ‘boys’ mas que se agarra à imagem do verdadeiro socialista quando quer conquistar eleitores mais à esquerda.

  3. Olha o amigo do 44! Agora com a pasta da energia. Isto promete! A nova PGR que abra bem os olhos e que esteja bem atenta para o que para aí vem.

  4. Pensam que estão a falar de um governo do Cavaco que deu cabo de toda a economia para receber €€€€€ de Bruxelas que depois distribuia pelos amigos? E claro não se esquecendo dele próprio.
    A Procuradora era muito competente. Claro por isso o caso dos submarinos ficou arquivado. Lá fora foi provado que existiu falcatrua, mas cá a Srª Procuradora arquivou o processo ao sr Irrevogável

    • Ó artista… o caso dos submarinos começou no governo do guterres! E não eram dois… eram quatro. Procura informar-te melhor para não fazeres figuras de palerma.

    • mm, está a ver mal as coisas. Olha que eu até acho este governo muito melhor do que a PAF. Mas sinceramente… Galamba na Energia???

      Um verdadeiro erro de casting. Ele deveria ter a pasta da masturbação argumentativa. Ele só sabe é ter parlapier… Mas qual é a obra feita deste gajo? Sobretudo na área das energias, um tema fulcral para o futuro da humanidade? Que infantilidade partidarista a desta promoção.

      • Tem de me dizer qual é essa grande obra do PM António Costa. Eu pessoalmente só vejo os kamov, o siresp e as 35 horas para a função pública. Diga-me ainda a grande obra do ministro da educação. E qual é a grande obra do ministro da administração interna para além de comer como um alarve a avaliar pela dimensão da barriga! E o Siza Vieira! E o Vieira Raríssimas da Silva… o que fez na vida para além de ser um político de profissão?!!!
        Olhe, sabe que mais. Se quer bater num, então bata em todos os restantes. Este é seguramente o pior governo da história de Portugal. É o que mais portugueses tem na sua consciência, o que mais se desdisse em menos tempo (nos dias pares o infarmed vai para o Porto; nos dias ímpares fica em Lisboa). É ainda o governo do ridículo. Viu-se em Tancos, no António Domingues da CGD, num PM que quer combater com a especulação sendo ele um especulador,…
        É tudo muito mau

  5. …lol…lol… e o Antonio Mexia ?? por acaso é electricista ??? palermice… para variar !!! vinda do David Justino é triste…

  6. Vamos ter outro Mexia com certeza, este não vai receber o Ordenado Minimo Nacional, posso ter a certeza disso, e a EDP vai continuar a cobrar aquilo que lhe apetece. Senão vejamos.

    Taxa da Rádio nos Contadores do Prédio Condomínio,
    Taxa da Rádio nos Contadores nos Cemitérios.
    Taxa da Rádio nos Contadores nos Poços de Água.
    I.V.A. a 23%

  7. Os amigos são para as ocasiões, ia-se agora entregar a pasta a um possível entendido e deixar um amigo de fora? Não seria justo.

  8. Mas este incompetente o que fez até aqui na sua vidinha?!
    Eu penso que este artolas incompetente, um verdadeiro vasculho da sociedade, um profundo labrego, desprovido de qualquer sapiência minimamente valorizada por um qualquer empregador, como o seu currículo bem o demonstra, será um ícone à parvoeira coletiva que reina neste nosso país. Perante isto o povo deveria ir de imediato para a rua e só retomar o trabalho quando este parolo fosse servir de porteiro para uma qualquer residencial de uma estrela. E apenas se soubesse línguas e tivesse conhecimentos de informático de acordo com a função.

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