O exército israelita alega que o Hamas tem um centro de operações dentro do hospital, algo que o grupo militante rejeita. Cerca de 1200 pessoas continuam presas no complexo hospitalar.
Nas primeiras horas desta quarta-feira, as forças militares de Israel entraram no hospital al-Shifa, o maior de Gaza, para levarem a cabo uma “operação precisa contra o Hamas numa área específica”
A decisão de enviar tropas para o hospital assinala uma escalada na ofensiva de Israel em Gaza e está a fazer subir de tom os apelos a um cessar-fogo.
Munir al-Bursh, director-geral do Ministério da Saúde de Gaza, afirmou à televisão Al Jazeera que as forças israelitas entraram no lado ocidental do complexo hospitalar. “Há grandes explosões e entrada de poeira nas áreas onde estamos. Acreditamos que ocorreu uma explosão dentro do hospital”, disse Bursh.
Há já vários dias que os militares israelitas estão nas imediações do hospital, onde alegam existir um centro de comando do Hamas subterrâneo. O exército garante que deu rotas de evacuação aos civis e avisou as autoridades de Gaza com 12 horas de antecedência de que qualquer operação militar no interior deveria cessar. Um porta-voz apelou a que “todos os terroristas do Hamas presentes no hospital se rendam”.
As forças israelitas acusam o Hamas de utilizar o hospital como escudo humano, o que põe em risco o seu estatuto de território neutro perante o direito internacional. A Casa Branca anunciou na manhã de quarta-feira que conseguiu confirmar que o Hamas estava a utilizar as instalações do hospital para armazenar armas.
Até agora, nem Israel nem os Estados Unidos apresentaram evidências que provam que o comando do Hamas está no hospital, apesar de ser do conhecimento público que o grupo construiu uma rede de tunéis extensa na Faixa de Gaza.
Cerca de 1200 pacientes e funcionários estão presos no complexo hospitalar e 650 pacientes, incluindo 36 bebés prematuros, não podem ser retirados. Durante o fim de semana, vários bebés que estavam em incubadoras ficaram em risco de vida, após o hospital ter ficado sem energia, mediante os cortes das tropas israelitas à entrada de electricidade e combustível em Gaza.
Há ainda relatos de procedimentos médicos a serem realizados sem anestesia, famílias com pouca comida ou água a viver nos corredores e o fedor de cadáveres em decomposição, avança o The Guardian.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o hospital de Al-Shifa em Gaza é agora quase um cemitério. Esta terça-feira, os civis no local começaram a cavar uma vala comum para cerca de 170 cadáveres.
“Crime contra a Humanidade”
Do lado do Hamas, os militantes têm negado repetidamente que usam os complexos hospitalares para fins militares e afirmaram esta quarta-feira que Joe Biden é “totalmente responsável” pelo ataque, dado que a sua administração deu “luz verde a Israel para cometer mais massacres contra civis“. O grupo islâmico descreve ainda o assalto ao hospital como um “crime de guerra” e um “crime contra a Humanidade”
Melanie Ward, directora executiva do projeto de caridade Medical Aid for Palestinians afirmou à BBC que “o motivo pelo qual os bebés estão a morrer não é porque não têm incubadoras… O que os está a matar é a falta de combustível que está a ser fornecido ao hospital, porque Israel está a impedir o abastecimento”.
À Associated Press, Mohammed Zaqout, director dos hospitais em Gaza, revela que os pacientes, incluindo crianças, estão aterrorizados com a entrada do exército. “Eles estão a gritar. É uma situação muito assustadora… não podemos fazer nada pelos pacientes a não ser rezar”, lamenta.
O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qidra, comenta ainda à Al Jazeera que “o exército de ocupação está dentro do complexo, a atirar e fazer bombardeamentos”.
Uma testemunha dentro de al-Shifa revelou ao correspondente da BBC na Palestina, Rushdi Abu Alouf, que os soldados entraram no complexo e “dispararam uma bomba de fumo que causou asfixia nas pessoas”. “Vi os soldados a entrar no departamento cirúrgico especializado”, refere.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, também afirma ter ficado profundamente perturbado com a “dramática perda de vidas”. “Em nome da humanidade, o secretário-geral apela a um cessar-fogo humanitário imediato”, apela.
Mais de 11 mil palestinianos, dois terços deles mulheres e menores, foram mortos desde a mais recente escalada da guerra, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Cerca de 2700 pessoas foram dadas como desaparecidas.
Cerca de dois terços da população de 2,3 milhões de Gaza também ficou sem casa. Muitos tiveram de fugir para o sul da Faixa, após Israel ordenar a evacuação do norte. No entanto, os ataques áeros ao sul de Gaza continuaram.
Uma imprecisão neste artigo: FORAM apresentadas evidências da presença do Hamas nos hospitais por parte da IDF, nomeadamente soldados do Hamas no exterior de hospitais, provando até essas imagens de visão noturna entradas de túneis numa das paredes exteriores num dos hospitais! Portanto, HÁ evidências e recomendo veementemente à jornalista Adriana Peixoto a vistoria do canal do IDF no YouTube onde são apresentados esses e muitos outros elementos de prova contra o Hamas…!
abençoados são os inocentes que adoram os santinhos palestinianos. Hamas são todos, especialmente os que agora ainda estão no norte da Gaza. Não venham com historias de pais que choram os bebés que eles próprios utilizam como escudo humano.
Nós temos um problema. Uma vez que existem fanaticos que sacrificam os seus próprios filhos para propagar um religião/sistema política e pelos vistos não temem medidas drásticas, nós não somos armados contra tal. Temos que nos tornar tão crueis como eles, parece. Se não estaremos nós varridos desta terra que é a Europa
Terra dita “Santa” gerida por Demónios ! …….Desde ontem , hoje e para sempre !
Reportagem mentirosa e tendenciosa.
É uma vergonha ver um profissional da informação, que deveria ser imparcial e procurar investigar a fundo todos os fatos, distorcer a verdade e tentar transformar as vítimas (Israel), em vilões e os criminosos (Hamas), em vítimas inocentes.
Um grupo terrorista que se esconde em hospitais e escolas, não merece nenhuma consideração ou credibilidade.
Essa emissora BBC , é uma vergonha.
Lamentável.