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Relatório da OMS aponta falhas da própria agência no combate ao Ébola

Luigi Baldelli, Medici con l'Africa Cuamm / Flickr

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Um relatório interno da Organização Mundial da Saúde (OMS) culpa a própria entidade por ter prejudicado os esforços para impedir a propagação do Ébola no oeste de África.

O documento – revelado pela agência de notícias Associated Press – diz que a agência foi muito lenta a agir no combate ao vírus por causa de falta de informação sobre ele e por “incompetência” de suas equipas.

O relatório diz que a OMS “falhou ao não reconhecer a seriedade da situação, à medida que o número de infectados crescia” e ressaltou principalmente o que chama de “compromissos de motivação política” na liderança exercida pelos escritórios da OMS em cada país da região.

“Quase todos os envolvidos na resposta ao surto não conseguiram ver uma escrita bastante simples na parede”, diz o relatório, segundo a agência.

A ONG Médicos Sem Fronteiras alertou a OMS em abril sobre a epidemia do Ébola, avisando que “o surto do vírus estava a tornar-se incontrolável.”

Christopher Stokes, membro da organização, diz à BBC que a doença ainda está totalmente fora de controle.

De acordo com um correspondente da BBC em Genebra, a acusação à OMS não é nova – mas o relatório interno evidencia a falta de comunicação da organização enquanto a epidemia de Ébola se espalhava desde vilas mais remotas, atravessando as fronteiras até às cidades mais centrais da África.

Entretanto, o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, afirmou esta semana que o mundo está a perder a guerra contra o Ébola porque não está a agir de forma unificada.

Mais de 4,5 mil pessoas já morreram por causa do ebola – a maioria delas no oeste africano.

ZAP / BBC

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