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Reino Unido e países do Golfo negoceiam acordo de livre comércio

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fatedsnowfox / Flickr

O Reino Unido e os seis países do Golfo iniciaram as negociações para um acordo de livre comércio, quando Londres, desde o Brexit, procura fortalecer as suas relações comerciais fora da União Europeia, foi hoje divulgado.

“É com grande alegria e prazer que anuncio hoje o lançamento oficial das negociações de um acordo de livre comércio entre os países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) e o Reino Unido”, escreve Zayed al-Zayani, ministro da Indústria, Comércio e Turismo do Bahrein, em comunicado enviado às redações.

O Reino Unido já possui laços económicos e políticos considerados muito importantes com os estados-membros do GCC: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrein, Kuwait e Omã.

“Não há dúvida de que vamos embarcar coletivamente num novo capítulo, que consolidará nossa cooperação de longa data em comércio e investimento”, acrescenta o governante.

O comércio entre o Reino Unido e os países do Golfo atingiu mais de 30 mil milhões de libras (35 mil milhões de euros) em 2020, segundo o governo britânico, acreditando que “um acordo comercial profundo” permitiria que as relações entre os dois países passassem a uma “velocidade superior”.

A ministra do Comércio Internacional do Reino Unido, Anne-Marie Trevelyan, já explicou através de um comunicado que se trata de uma “grande oportunidade de liberalizar o comércio com um mercado em crescimento”, ao mesmo tempo que sublinha que este passo fortalece os laços “com uma região vital” para interesses estratégicos do seu país.

“Queremos um acordo moderno e abrangente que elimine as barreiras comerciais em um enorme mercado de alimentos e bebidas e em áreas como comércio digital e energia renovável”, pode ler-se no documento.

Desde que abandonou a União Europeia, Londres tem procurado fortalecer os seus laços comerciais com seus parceiros tradicionais, como Estados Unidos, Austrália e países do Golfo.

Estes últimos estão entre as maiores economias do mundo árabe, começando pela Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo bruto, mas também Emirados Árabes Unidos e Qatar, que tem uma população de forte poder aquisitivo.

// Lusa

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