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Já há refugiados afegãos a realizarem entrevistas de emprego em Portugal

Aris Messinis / AFP

Já há refugiados afegãos a realizarem entrevistas de emprego em Portugal, disse a secretária de Estado para a Integração e as Migrações, Cláudia Pereira.

Em três semanas, chegaram 178 refugiados afegãos a Portugal. A secretária de Estado para a Integração e as Migrações, Cláudia Pereira, quer ver resolvido o problema da habitação indigna, que atinge especialmente os imigrantes. Os milhões da “bazuca” devem ajudar neste capítulo.

Esta semana, Portugal acolheu 21 jogadoras de futebol do Afeganistão e as suas famílias. A integração dos refugiados tem sido mais rápida, “porque é um grupo com uma parte significativa qualificada e foi disponibilizada muita ajuda”.

Cerca de metade dos afegãos que chegaram são menores e há uma percentagem significativa de pessoas com ensino superior, salientou Cláudia Pereira, em entrevista ao semanário Expresso.

“Graças à grande generosidade dos portugueses, foram colocadas mais de 4 mil respostas de apoio, incluindo ofertas de trabalho com alojamento. Esta semana já há afegãos a realizar entrevistas de emprego, e vão continuar”, acrescentou a secretária de Estado.

Portugal continua a tentar trazer os afegãos que ficaram em Cabul. Ao Ministério dos Negócios Estrangeiros continuam a chegar casos. A saída deste último grupo, por exemplo, “foi acordada diretamente com as autoridades talibãs”.

Apesar da onda de apoio, Cláudia Pereira reforça que “há muito para melhorar, a começar pela aprendizagem do Português”. A integração dos refugiados continua a ser um problema: só uma minoria consegue autonomizar-se após os 18 meses de apoio.

Alguns refugiados estavam cá há dois anos e ainda sem aulas, salienta o Expresso. Para enfrentar este entrave, Cláudia Pereira diz que as turmas deixaram de ter um mínimo de 25 alunos, passando a fasquia a ser de apenas 15 alunos.

Além do IEFP e das escolas, há também aulas nos centros Qualifica. “Muitos não podiam fazer os cursos porque não tinham autorização de residência e agora basta o número de segurança social ou terem iniciado o processo de regularização da permanência em Portugal”, explica a governante.

Uma parte significativa dos primeiros refugiados que chegaram a Portugal abandonaram o país, mas isso já não está a acontecer, afiança Cláudia Pereira.

“Vários refugiados já tinham redes familiares e de amigos noutros países. O mercado de trabalho, principalmente na Alemanha e na Inglaterra, também era mais aliciante. Mas agora estão a ficar cá. Em Penela há sírios que ficaram e já trouxeram mais sírios para lá. E temos outros casos”, contou, em declarações ao Expresso.

ZAP //

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