Polícia desmantela rede de pornografia infantil e faz mais de 300 detenções

Pelo menos 337 pessoas de 38 países foram detidas numa operação em que foi desmantelada uma rede de pornografia infantil, que usava um site para comercializar vídeos de abuso sexual de crianças.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira, o Departamento de Justiça norte-americano refere que foram acusadas e detidas pessoas em 38 países, entre os quais EUA, Espanha, Brasil, Coreia do Sul, Reino Unido, Alemanha, Arábia Saudita, Canadá, Irlanda e Austrália. Foram resgatadas também 23 vítimas menores nos EUA, Reino Unido e Espanha.

A rede era gerida por Jong Woo Son, de 23 anos e de origem sul-coreana, que foi detido no seu país e indiciado por um júri federal nos Estados Unidos, no âmbito da operação Welcome To Video, que o comunicado do Departamento de Justiça norte-americano descreve como “o maior mercado de exploração sexual infantil em volume de conteúdo”.

“Sites da darkweb que lucram com a exploração sexual de crianças estão entre as formas mais vis e repreensíveis de comportamento criminoso”, afirmou o procurador-geral adjunto da Divisão Criminal do Departamento de Justiça norte-americano, Brian A. Benczkowski.

Segundo a acusação, a 5 de março de 2018, agentes especiais de investigação criminal de agências da Coreia do Sul, EUA, Reino Unido e Espanha prenderam Son e apreenderam o servidor que usava na darkweb, onde vídeos de exploração sexual infantil eram disponibilizados para serem descarregados pelos membros do Welcome To Video.

O Departamento de Justiça norte-americano afirma tratar-se de “uma das maiores apreensões do género”, sendo que as imagens, que contêm mais de 250 mil vídeos exclusivos, estão a ser analisadas pelo Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC).

A Welcome To Video recorria à criptomoeda para negociar os seus conteúdos. Uma análise ao servidor revelou que a plataforma tinha mais de um milhão de endereços de bitcoin, o que significa que tinha capacidade para pelo menos um milhão de utilizadores.

// Lusa

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