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Costa diz que recuperação económica tem de ser feita “com os olhos postos no futuro”

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Rodrigo Antunes / Lusa

O primeiro-ministro salientou, este domingo, que a recuperação económica do país “tem de ser feita com os olhos postos no futuro”, considerando essencial assegurar condições às novas gerações para se autonomizarem.

“A recuperação económica tem de ser feita com os olhos postos no futuro e, por isso, os dois grandes motores dessa recuperação são enfrentar dois grandes desafios que temos pela frente – a transição climática e a transição digital -“, afirmou o secretário-geral do PS, que discursava em Coimbra, nos claustros do Convento de São Francisco, durante a apresentação do candidato socialista à Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado.

Durante o discurso, António Costa destacou o “ambicioso programa” para assegurar habitação condigna aos “milhares de famílias” que não o têm, assim como “habitação a custos acessíveis às classes médias, em particular às novas gerações, e aos estudantes que se têm que deslocar para fazerem os seus estudos universitários”.

O investimento previsto de 2750 milhões de euros previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) permitem não apenas “contribuir para a reanimação imediata da economia”, mas também “resolver um problema estrutural do país“, notou.

“Se queremos manter entre nós as novas gerações, nós temos de assegurar condições para que as novas gerações possam ter autonomia de vida e viverem entre nós. Se queremos enfrentar o desafio demográfico, nós temos de criar condições para as novas gerações se autonomizarem e poderem construir a família que desejem construir”, frisou.

António Costa apontou também para os investimentos para melhorar a eficiência energética dos edifícios e a mobilidade, recordando que no caso da região de Coimbra já foi assegurada a verba necessária no próximo quadro comunitário para a aquisição de material circulante para que o Sistema de Mobilidade do Mondego “seja mesmo uma realidade”.

Na sua intervenção, o secretário-geral do PS recordou ainda a importância da reindustrialização no contexto da recuperação da crise provocada pela pandemia, apontando para o exemplo do Instituto Pedro Nunes (IPN), em Coimbra, e destacou também o papel que as autarquias terão nos mais variados investimentos previstos no PRR.

No sábado, o primeiro-ministro também esteve em Portalegre, na sessão de apresentação da candidatura do socialista Luís Moreira Testa, tendo afirmado que Portugal vai contar, nos próximos sete anos, com “o dobro” de fundos comunitários para investimento.

“É uma oportunidade única e, se a desperdiçarmos, nunca nos poderemos perdoar a nós próprios e aqueles que são as próximas gerações nunca nos perdoarão se não cumprirmos”, insistiu.

No mesmo dia, o líder socialista também esteve na cidade da Guarda, na apresentação dos candidatos do partido às 14 câmaras municipais do distrito. Por lá, o primeiro-ministro considerou que as próximas eleições autárquicas “marcam um momento político da maior importância para as autarquias locais”, por “duas razões fundamentais”.

A primeira razão “é que entrará plenamente em vigor o novo pacote de descentralização de competências e de recursos, o maior reforço da descentralização que é feito no nosso país desde a criação do poder local democrático em 1976”, defendeu o secretário-geral do PS e primeiro-ministro.

“E, para isso, é absolutamente fundamental termos autarcas que não tenham medo de assumir as novas responsabilidades e que sejam capazes de as assumir e de as gerir“, frisou.

António Costa referiu que as novas responsabilidades são na saúde de proximidade, na área da educação, na área social e no desenvolvimento económico e social.

“É fundamental uma geração de autarcas determinados em investir e a assumir estas novas competências”, considerou o líder do PS.

O primeiro-ministro disse ainda que “há uma outra mudança da maior importância” relacionada com as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

Lembrou que, até agora, era o Governo que nomeava os dirigentes, mas deixou de ser assim. Agora, o presidente é eleito por todos os autarcas dessa região e o vice-presidente pelos presidentes de Câmara da região.

Com esta mudança, as direções das CCDR “deixaram de responder ao Governo e passaram a responder aos autarcas que representam as populações da região”, apontou.

Na opinião de Costa, esta mudança vai ser decisiva porque os programas operacionais regionais vão ser elaborados nas regiões, referindo, como exemplo, o caso da região Centro, onde se encontrava, cujo programa vai ser desenhado “na região e de acordo com a vontade dos autarcas”.

“E é por isso que é absolutamente essencial que os autarcas da região tenham bem a noção de que a principal prioridade que vamos ter no nosso futuro é mesmo a estratégia de desenvolvimento ao nível regional”, afirmou o também primeiro-ministro.

Durante este fim-de-semana, António Costa tem marcado presença na apresentação de vários candidatos autárquicos na região Centro. Hoje, além do candidato socialista de Coimbra, o líder do PS também estará na apresentação do candidato da Figueira da Foz e de Leiria.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Lamento pela tristeza da direita que não sabe mais duque aquilo que está na cassete dos tais casos e casinhos, se pensam subir ao poder á custa do cabrita, dos excessos de velocidade, é ser muito pouco ambicioso e nenhuma amostra de mais valia para fazer mudar de governação, diria que é muita preguiça e pouca sabedoria, a Bancada do PSD/CDS parece muito cansada, sem ideias, sem motivação, dá a entender que é mais urgente renovar as bancadas da oposição do que o governo, atualizem-se, estamos em 2021, não se pode fazer política como se fazia em 1975, com casos destes, o eleitorado é mais culto, vê o Governo a resolver problemas e a oposição a os criar, não é isso que qualquer cidadão quer, não adianta dizer que nos centros de saúde as consultas estão atrasadas, se quando o cidadão recorre ao Particular é depara com a mesma situação, tendo de esperar meses, semanas para um exame, uma consulta, umas análises, uma especialidade, são argumentos que não dão crédito a quem os usa, resultava em 1975 já passou quase meio século, é preciso mostrar obra, mudar para uma política de amostra de competência mostrando mais valia, o PSD não pode ser um partido de Protesto, tem de mostrar qualidades.

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