Desde o início deste ano até ao dia 13 de Fevereiro registaram-se cerca de 1.400 incêndios rurais. Viana do Castelo foi o distrito mais afectado.
O início de 2022 está a ser marcado por uma seca extrema em Portugal, que tem afectado sobretudo a agricultura. Agricultores e produtores já têm pedido medidas urgentes para combater a falta de água.
A seca também ameaça produção de carne, maçãs e queijo – e o possível aumento do custos para os agricultores pode resultar num aumento de preços dos produtos.
Este período também originou um número recorde de incêndios no século XXI, contabilizando os meses Janeiro e (parcialmente) Fevereiro.
De acordo com os dados do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, até ao dia 13 de Fevereiro foram registados cerca de 1.400 incêndios rurais, totalizando mais de 5.500 hectares ardidos.
Este número, sublinha o Jornal de Notícias, é o mais alto neste século, só tendo comparação com Janeiro de 2001.
A contabilidade também “assusta”, ao verificar que houve tantos incêndios rurais no primeiro mês e meio de 2022 como no total dos cinco anos anteriores, no mesmo período inicial de cada ano.
Viana de Castelo foi o distrito mais afectado no início deste ano, com 1.386 hectares ardidos. Seguiram-se Braga (1.185 hectares) e Vila Real (1.145 hectares).
Em relação ao número de incêndios, são os mesmos distritos a ocupar o pódio, mas com ordem diferente: Braga teve 247 ocorrências, Vila Real 221 e Viana do Castelo registou 198 incêndios rurais.
Cerca de 14 mil operacionais estiveram no terreno, no sexto mês de Janeiro mais seco de sempre em Portugal, desde que há registos: caiu 12% da chuva do que era habitual entre 1971 e 2000.