Investigadores propõe que se produza cimento em Marte ou na Lua combinando poeira com sangue, suor e lágrimas de astronautas.
No seu discurso inaugural como primeiro-ministro do Reino Unido, em 1940, Winston Churchill mostrou como as palavras teriam um papel importante, durante a sua liderança, no combate contra Hitler na 2.ª Guerra Mundial.
“Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor”, disse Churchill há mais de 80 anos. Agora, tudo aquilo que o líder britânico prometia oferecer, pode vir a ser usado para produzir cimento no Espaço.
Cientistas da Universidade de Manchester propõem resolver o problema de ter materiais de construção em Marte com um cimento feito de poeira com sangue, suor e lágrimas dos astronautas.
Uma proteína do sangue humano, combinada com um composto de urina, suor ou lágrimas, poderia ligar o solo da Lua ou de Marte para produzir um material mais forte do que o cimento comum, explica o portal Europa Press. Esta poderá ser a solução para trabalhos de construção num ambiente extraterrestre.
E porque é que isto importa? Ora, estima-se que o preço para transportar um único tijolo para Marte seja de aproximadamente 2 milhões de dólares.
Em média, são necessários cerca de 37 tijolos para cobrir um metro quadrado. Ou seja, se estiver interessado num T3 com 120 metros quadrados em Marte, serão necessários cerca de 4.440 tijolos. Feitas as contas, ficaria pela modesta quantia de 8,8 mil milhões de dólares.
Os investigadores sugerem que a albumina de soro humano poderia atuar como um aglutinante para a poeira de Marte para produzir um material semelhante ao cimento. Batizado de AstroCrete, teria uma resistência de até 25 megapascais, aproximadamente a mesma que os 20-32 megapascais do cimento comum.
No entanto, com a junção de ureia, suor e lágrimas, a resistência à compressão pode aumentar para 40 megapascais.
“Os cientistas têm tentado desenvolver tecnologias viáveis para produzir materiais semelhantes ao cimento na superfície de Marte, mas nunca paramos para pensar que a resposta poderia estar dentro de nós este tempo todo”, disse o coautor do estudo Aled Roberts, num comunicado divulgado no site da Universidade de Manchester.
Numa missão de dois anos, os investigadores calculam que seria possível produzir 500 quilos de AstroCrete com o contributo de uma tripulação de seis astronautas.
O sangue animal foi historicamente usado como aglutinante para argamassa.
“É emocionante que um grande desafio da era espacial tenha encontrado a sua solução com base na inspiração da tecnologia medieval”, sublinhou Roberts.
Os resultados do estudo foram publicados, na semana passada, na revista científica Materials Today Bio.
Ao webdesigner ou grafista deste site: agora está na moda publicarem imagens em formato WebP ? O JPG, JPEG, PNG já não faz parte da vossa programação gráfica?
E mija?
Parece já haver empreiteiros a montar escritório em Marte para receberem as primeiras encomendas!