O Twitter suspendeu permanentemente a conta do conhecido rapper britânico Wiley e desculpou-se pela resposta inicialmente lenta à série de mensagens antissemitas publicadas pelo músico na semana passada.
O Twitter, juntamente com o Instagram, eliminou na sexta-feira as contas de Wiley durante sete dias, depois de o músico ter feito publicações no início desse mesmo dia, noticiou na quarta-feira a agência AFP.
Contudo, algumas dessas publicações permaneceram visíveis durante horas, atraindo críticas e levando políticos, celebridades e outras figuras de destaque a lançar um boicote de 48 horas ao Twitter a partir de segunda-feira.
“Após uma investigação mais aprofundada, as nossas equipas suspenderam permanentemente a conta em questão por violações repetidas da nossa política contra o discurso de ódio”, informou o Twitter, num comunicado divulgado na quarta-feira.
“Sejamos claros: o discurso de ódio não tem absolutamente nenhum lugar no nosso serviço e condenamos veementemente o antissemitismo. Lamentamos não ter agido mais rápido e continuamos a avaliar a situação internamente”, acrescentou.
O Facebook e o Instagram referiram na terça-feira que removeram as contas de Wiley, o nome artístico de Richard Cowie. A polícia britânica avançou que está a investigar as suas declarações nas redes sociais.
Segundo a organização Campaign Against Antisemitism, o Twitter “finalmente ouviu” as queixas, mas atuou “muito pouco, muito tarde”. Mas é “um começo para essa rede social, profundamente irresponsável”, acrescentou o grupo.
