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Produção de ração para animais de estimação supera pegada de carbono de alguns países

A indústria de produção mundial de ração seca para animais de estimação supera a pegada de carbono de alguns países, como as Filipinas e Moçambique, revelou uma nova investigação levada a cabo pela Universidade de Edimburgo, na Escócia.

De acordo com o estudo, cujos resultados foram recentemente publicados na revista científica especializada Global Environmental Change, são necessários 49 milhões de hectares de terras agrícolas – o equivalente a cinco vezes a área de Portugal – para produzir alimentos secos para animais de estimação à escala global.

Liderado pela Universidade de Edimburgo, este é o primeiro estudo a avaliar o impacto ambiental global da produção de alimentos para animais de estimação, nota a EuropaPress.

Os cientistas frisam que a crescente procura por este tipo de alimentos para animais de estimação, impulsionada por um crescimento no número de pessoas com animais de estimação em todo o mundo, deve ser considerada em iniciativas futuras destinadas a melhorar a sustentabilidade alimentar mundial.

A equipa analisou dados sobre os principais ingredientes em mais de 280 tipos de alimentos secos para animais de estimação comercializados nos Estados Unidos e na Europa, regiões que reúnem dois terços das vendas globais.

Descobriram que as emissões globais de gases de efeito de estufa desta indústria rondam as 106 milhões de toneladas de dióxido de carbono – um país que produzisse os mesmos níveis seria o 60.º maior emissor do mundo, segundo os cientistas.

O cientistas alertam ainda que o número real deve ser ainda mais elevado, uma vez que este estudo só teve em conta a produção de comida seca.

“Mesmo tendo em conta o uso de subprodutos na alimentação de animais de estimação, a alimentação dos animais de companhia desempenha um papel na mudança ambiental. E este é um tema esquecido anteriormente, mas mostramos agora que a alimentação dos animais de estimação deve ser considerada juntamente com outras ações para reduzir as mudanças climáticas e a perde de biodiversidade no mundo”, disse o autor principal do estudo, Peter Alexander, citado em comunicado.

ZAP //

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