Giuseppe Troni / Wikimedia Commons

D. Maria I, “A Louca”
Há dois séculos atrás, uma Maria era levada por “outras” pela mão, perdida no fundo da sua senilidade. É mais reconhecida pelo seu cognome: “A Louca”.
Uma “Maria vai com as outras”, ou “Maria vai com todos”, como também se ouve em Portugal, é uma pessoa com uma personalidade fraca, que segue as opiniões públicas e pensa pouco por si mesma.
No entanto, a Maria original pensava até bastante, mais do que gostaria, e tinha uma forma bastante única de o fazer. Trata-se da primeira rainha de Portugal, D. Maria I.
Teve uma vida muito infeliz: casou-se com o tio, D. Pedro III, e em 1777 subiu ao trono. No entanto, desenvolveu diversos problemas psíquicos, numa altura onde ainda não havia acompanhamento médico destas doenças.
Com violentas mudanças de humor, era muito dada à religião, mas também à melancolia e a surtos psicológicos graves. Acabou por ser substituída nas tomadas de decisão pelo filho, o futuro D. João VI, que se tornou regente.
As suas obsessões eram essencialmente religiosas, e prendia-se a visões do seu pai, D. José I, no Inferno, como “um monte de carvão calcinado”, por ter permitido que o Marquês de Pombal perseguisse os jesuítas, conta a Sapo.
No dia 10 fevereiro de 1792, uma junta médica declarou-a incapaz de governar, o que lhe valeu para sempre o cognome “A Louca” (também foi chamada de “A Piedosa”, por ter tentado refazer o que considerava os males de Marquês de Pombal, e por se manter sempre neutra em conflitos internacionais).
E foi aí que os portugueses começaram a ver D. Maria I a passear de mãos dadas com as damas da corte, que acompanhavam sempre a soberana para lhe prestar apoio, de que precisava muitas vezes.
Quando a via, o povo dizia: “lá vai D. Maria, com as outras”. E assim ficou, para a história, uma expressão que ainda hoje caracteriza alguém de frágil espírito, que precisa de ser levada pela mão dos outros.
O canal História conta ainda uma das “pérolas” desta peculiar rainha. Quando a família real teve de fugir apressadamente para o Brasil para escapar aos invasores franceses em novembro de 1807, D. Maria I proferiu uma icónica frase para o cocheiro: “Mais devagar! Vão pensar que estamos a fugir!”
,MARIA , MARIA – S.ALTESA , Rainha MARIA ” lá vai com as outras ” e como louca chegou ao Brasil , acompanhada de uma nora .. a ninfomaníaca CARLOTA JOAQUINA e do filho ingênuo D>JOÃO VI viveram dias de verdadeira comédia em terras brasileiras.. AH ! PORTUGAL , quanto és romântico !